Dedicação e generosidade. Estes substantivos definem bem a vida do saltense José Francisco Archimedes Lammoglia, que deixou seu nome marcado na história médica, jornalística e política, não só de Salto, como também em outras cidades onde estabeleceu vínculo, inclusive de amizade.

Nasceu em Salto, no dia 1º de fevereiro de 1920. Filho de Domingos Lammoglia (imigrante italiano) e Carmelina Rubinato Lammoglia. O casal teve dez filhos, sendo cinco homens e cinco mulheres. Archimedes foi médico, jornalista, advogado, vereador em São Paulo e deputado estadual.

Viveu sua infância em Salto. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar “Tancredo do Amaral”, até 1933 numa turma da qual faziam parte também Anselmo Duarte (ator, roteirista e cineasta) e João Silvestre, mais conhecido como Jota Sivestre (ator, diretor e apresentador de TV). Simultaneamente aos três últimos anos, cursou a Escola Anita Garibaldi. O antigo curso primário foi concluído em sete anos, uma vez que os estudos eram desviados para as brincadeiras com os amigos. As atrações dos grandes quintais, dos pastos que circundavam a pequena cidade e as margens dos rios, constituíam grande chamamento para o menino Archimedes e companheiros.

Amante do Carnaval, numa oportunidade venceu o concurso de fantasias realizado pelo Clube Ideal e recebeu como prêmio um velocípede. Concorreu com fantasias luxuosas, mas ganhou graças à originalidade da vestimenta e a maneira como se conduziu na passarela, brincando e provocando risos na plateia. Um dos concorrentes foi Anselmo Duarte. Participou de inúmeros desfiles carnavalescos, entre outras fantasias a de baiana (confeccionada com pedaços de chitão e turbante, na cabeça, quando ainda jovem). Mesmo adulto e formado, não deixou de participar de alguma forma direta ou indiretamente daqueles velhos carnavais, ao estimular amigos em suas fantasias. Quanto ao esporte não se saia bem, como jogador nunca foi bom. Era ruim na bola ao cesto, no vôlei e pior ainda no futebol.

Archimedes iniciou sua vida profissional, apenas com nove anos atuando como caixeiro de armazém e loja de tecido do saudoso Vartan Panossian.

Um Itu, cursou o Ginasial até 1938, viajando com outros saltenses na jardineira do Guerra, sendo de todos, o mais bagunceiro. Porém não só de brincadeira vivia Archimedes, pois concomitante ao ginásio passou a trabalhar na Farmácia Brasil, do seu José Vendramini. Em suas atribuições constava lavar os vidros e auxiliar na manipulação de remédios. Aos poucos, aprendeu a fazer pequenos curativos. Nos finais de semana, com o amigo Mário Bertani fazia a limpeza e lavava a farmácia. Apesar das molecagens, naquele ambiente de trabalho, foi aprendendo a ter responsabilidade. Atuou na farmácia dos 15 aos 19 anos de idade.

Depois do Ginásio, foi para São Paulo e por intermédio de um amigo de seu pai conseguiu um emprego no Hospital Umberto Primo (Matarazzo). Na ocasião, fez um trato com a Irmã Teodolinda de prestar serviços no hospital em troca de cama e mesa. Assim conseguiu um leito na “sinagoga”, apelido dado ao local que ficava abaixo da enfermaria. Iniciou seu trabalho como faxineiro, passando a porteiro, vindo a atuar no necrotério e em seguida passa a ajudar na enfermagem, como auxiliar. O Ambulatório do Hospital foi fundado por ele, quando já enfermeiro.

A intenção de estudar, levou o jovem Archimedes a frequentar o curso pré-médico no Liceu Pan-Americano. Naquela ocasião, somente a irmã superiora sabia de seus estudos. Entrou para a Faculdade de Medicina Veterinária, onde o curso era gratuito. Em 1941 prestou vestibular para a Escola Paulista de Medicina, formando-se em 18 de dezembro de 1947, com solenidade realizada no Teatro Municipal de São Paulo. Sua mãe, presente no evento, levou um recado de Nhá Chiquinha, sua madrinha, que era auxiliada pela Sociedade de São Vicente de Paulo, grande quituteira e amiga da casa, que pedira que ele fosse “o médico dos pobres”. Pedido que atendeu em toda sua vida, pois não cobrava pelas consultas e cirurgias.

Para homenageá-lo, após a formatura, ao chegar em Salto, no dia 15 de janeiro de 1948, pela estrada de Ferro Sorocabana, a Praça Álvaro Guião estava repleta. Uma verdadeira multidão o aguardava com palmas e vivas. Na plataforma da estação aguardavam familiares e amigos, o prefeito João Batista Ferrari – Tita Ferrari, o delegado de polícia Israel Alves dos Santos Sobrinho, conhecido pelo apelido de “Dr. Gravatinha”, o Padre Geraldo Azevedo (amigo de longa data), Oswaldo Aguirre, Egídio Patelli -Júlio Bode, Luizinho Roque, Giácomo Guidi, apelidado Jacomim e outros. A Banda musical tocava “dobrados”, (ritmo de música popular na época) durante a chegada do médico saltense. Paulo Miranda Campos discursou em nome das autoridades e do povo. Este compareceu atendendo ao convite e boletins distribuídos pelos amigos. Uma passeata ocorreu pelas ruas da cidade, levando o novo médico de trole até sua casa, onde era esperado pelo pai. Trole este do amigo Luizinho Roque. Entre os presentes se encontrava o Senhor Fernando de Fernandes que, na ocasião, agradeceu a todos em nome da família e fez o convite para a missa em Ação de Graças, a ser celebrada pelo padre Geraldo Azevedo. Convidou, também, para a solenidade que ocorreria no dia seguinte, no Clube Ideal. Durante aquela cerimônia foi-lhe entregue o anel de doutor, oferta dos amigos. Anel que chegou em suas mãos pela sua querida Nhá Chiquinha, que, ao colocar em seu dedo, o beijou dizendo: “Médico dos pobres.”

Vale destacar o seguinte: Conheceu o Geraldo Azevedo quando trabalhava na Farmácia do Sr. José. Naquele dia, durante a apresentação, soube que ele entraria no seminário para ordenar-se padre. No diálogo, fez a proposta: se você for ordenado em 1946 e eu, Archimedes, em 1947, como médico, eu lhe darei a batina para que você celebre a Missa de Ação de Graças, pela minha formatura em Salto, na Igreja Matriz. Fato concretizado: Mario Manco foi testemunha da proposta e assistiu às duas festas, do padre e do médico.

Formado, Archimedes continuou a trabalhar no Serviço de Proctologia do Hospital Humberto Primo, assumindo posteriormente as funções de médico-chefe daquele Departamento em 1952, cargo que ocupou por vários anos.

No Hospital, o Doutor Archimedes trabalhou e morou durante mais de 40 anos. Várias vezes tentaram despejá-lo do quarto que ocupava no 2º andar do Hospital, mas não conseguiram. Por impedimento do Conde Matarazzo ao justificar que o Lammoglia era um patrimônio moral daquele Hospital e assim, somente deixou aquele estabelecimento hospitalar, quando aquela casa de saúde encerrou suas atividades.

A saltense Lourdes Guarda, ao ficar doente, foi internada no Matarazzo e lá permaneceu até seu falecimento, no dia 05 de maio de 1996. Durante todo o tempo em que lá esteve, foi ajudada por Archimedes, não só como médico, sobretudo como amigo. Foi ele que assumiu a responsabilidade financeira pela sua internação, depois que a Light rompeu o convênio que até então a mantinha com aquele nosocômio. Autorizou a contabilidade que deduzisse de seu salário o valor correspondente àquela internação. Ao ser indagado por Lourdes se havia resolvido o problema que com ele compartilhara, respondeu que sim, ocultando que era ele seu benfeitor. Não só pagava suas contas como era de sua casa que saía seu jantar, quase diariamente. Em 1978, a Condessa ao tomar conhecimento do fato, passou a assumir as despesas da doente, até seu passamento.

Quando aprendeu a dirigir, Archimedes colocava a Lourdes, que deficiente física permanecia deitada, numa forma de gesso, com uma perna amputada e a outra atrofiada, em uma maca e a acomodava no carro. Levava-a visitar amigos de Salto e outros, que foram se agregando. Ela levava um espelho para ajudar a ver as paisagens.

Em 1954, quando o Hospital contemplava seu cinquentenário, em atendimento ao pedido da Condessa Mariângela Matarazzo, Archimedes elaborou o histórico do Hospital. Para tal empreendimento, valeu-se das Atas e dos arquivos daquela casa de saúde, material que possibilitou a edição da “Revista do Hospital”, um verdadeiro espelho da vida, do então mais conhecido estabelecimento hospitalar de São Paulo.

Em cerca de cinquenta anos de medicina- para ele – verdadeiro sacerdócio – afirmava ter feito muito mais de 20.000 cirurgias, uma grande porcentagem dentro de sua especialidade.

Além de trabalhar no Hospital Matarazzo, o médico-cirurgião nos finais de semana, trabalhava no Hospital Nossa Senhora do Monte Serrat e na Santa Casa de Misericórdia de Itu, local em que operava e dava consultas gratuitamente. Geralmente dormia no hospital para ficar mais próximo dos seus doentes e dos que o procuravam. O fruto daquele trabalho era exteriorizado através da melhoria da qualidade de vida das pessoas, que como forma de reconhecimento, o presenteavam com produtos hortifrutos granjeiros, traduzindo assim, a origem rural daqueles que também recebiam sua atenção.

Jornalista profissional, com registro no Departamento Regional do Trabalho, foi jornalista responsável pelo jornal “O Trabalhador”, mantido pelo Círculo Operário Católico, durante alguns anos.

Juntamente com Mário Dotta, Joaquim de Arruda Sontag e Paulo Miranda Campos, fundou em Salto, o jornal O LIBERAL no dia 7 (sete) de setembro de 1949. Infelizmente, no ano seguinte, precisou se ausentar do semanário, por motivo de saúde. Na época, mandou para Salto o jornalista Alcione Pereira, conhecido por “Cabecinha”, que posteriormente, veio a se casar com jovem saltense.

Foi diretor em dois períodos (1952 a 1954) e (1955 a 1960).  O jornal naquele momento, na história saltense, era muito combativo e fazia oposição à facção, comandado por Vicente Scivittaro – “Chinchino”, candidato e prefeito de Salto em duas gestões.

O trio (Mário, Joaquim e Paulo) se afastou do jornal que foi dirigido por Archimedes até 1964. Quando aquele semanário encerrou suas atividades, o maquinário e o próprio prédio foram cedidos para a emergente Revista “Taperá”, que posteriormente veio a se tornar no Jornal “Taperá”. Foi o jornalista responsável até 1980, quando Valter Lenzi pôde, após conseguir registro junto ao Ministério de Trabalho, assumir suas funções, até a presente data. Mesmo após o encerramento do Jornal O Liberal, Archimedes continuou com publicação de artigos.

Ingresso na Política: Em 1954, ano do cinquentenário do Hospital Matarazzo, atuando na medicina e no jornalismo, foi procurado para candidatar-se a Deputado Estadual. Embora desconhecesse o que envolvia tal convite, acabou aceitando e conseguiu uma suplência. No ano seguinte (1955) foi eleito Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, seu início na política.  Elegeu-se Deputado à Assembleia Legislativa (1958) e por sete legislaturas consecutivas, (1962, 1966, 1970, 1978, e 1982) sempre com votações superiores às anteriores. Durante sua caminhada política, passou pelos seguintes partidos: PRP, PR, ARENA, PDS e PTB.

Em 1964, nomeado pelo Governador Adhemar de Barros, assumiu o cargo de Secretário de Estado da Saúde Pública e da Assistência Social, durante dez meses.

Em 1986, não foi eleito, mas como suplente, teve ocasião de ser reconduzido ao cargo, só que desta feita, apenas no final do mandato, por quarenta e dois dias. Dedicou 32 anos de sua vida ao cargo de Deputado Estadual.

Além dos cursos de medicina e jornalismo se inscreveu no curso da Faculdade de Direito de Niterói, da Universidade Federal.  O que levou o Dr. Archimedes a cursar Direito? No exercício da função política, ao participar de uma sessão na Assembleia Legislativa do Estado, ao tecer uma opinião sobre um projeto em discussão, um Deputado chamou sua atenção ao dizer que ele poderia entender de medicina, mas não de legislação. Comentário este que mexeu com seus brios, e assim, para poder discutir em igualdade de condição com os colegas advogados, foi cursar advocacia. Formado em 1960, nunca exerceu a profissão, embora passasse a fazer parte da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo.

Ao completar 40 anos de medicina, foi homenageado pela Comunidade do Mosteiro Concepcionista Nossa Senhora das Mercês (Conventinho), de Itu, com uma missa e um coquetel, recebendo na oportunidade um quadro emoldurado contendo belíssimo poema, composto pelas monjas daquela congregação.

Médico, jornalista e advogado de formação, Archimedes buscou outros cursos, inclusive de Pós-Graduação de Administração Hospitalar e publicou vários trabalhos, sobre acontecimentos da cidade e assuntos relacionados à medicina.

Escritor: O gosto pela escrita o levou à produção de alguns opúsculos, como “Epopéia – Salto 1966”, onde fala em versos sobre sua cidade; o “Poema – Saudade”, homenagem ao cinquentenário (16 de maio de 1932 a 16 de maio de 1982), do Ginásio do Estado, em Itu, atual Escola Estadual de 1º Grau; o “Poema – Lembranças, Homenagens” no Centenário da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat (1986). Escreveu suas Memórias, onde relata sua história, desde sua infância até praticamente os últimos anos de vida. Este material ainda não foi editado.

Compositor: ligado à música, compôs a letra de “Salto-Canção”, considerada o Hino de Salto, em parceria com Luiz Sallem Varela que produziu a música e o maestro Gaó- Odmar Amaral Gurgel, colocou na pauta. Autor também do “Hino da Comarca”, parceria com o maestro Silvestre Pereira de Oliveira (ambas executadas pela Banda e Coral Civil de São Paulo). É ainda de sua autoria a letra do Hino da Guardinha Mirim de Salto, com música do maestro Silvestre em parceira com Zequinha Marques. E outras composições, algumas das quais chegaram a participar do 1º e 2º Festival de Música Popular realizado em 1970 e 1971, no Clube Ideal.

O cidadão saltense, pelos seus feitos, recebeu título de cidadania em inúmeros municípios, como Peruíbe, Cabreúva, Indaiatuba, Rio das Pedras, Porto Feliz, Laranjal Paulista, Pirapora do Bom Jesus, Itupeva, Paraguaçu Paulista, Pereiras, Mococa, Itu, Cerquilho e Tietê. Bem como, inúmeras medalhas: Marechal Rondon, José Bonifácio, Gaspar Viana, Vital Brasil, Tobias de Aguiar, Dom João VI, Carlos Gomes, Couto de Magalhães, Dom Pedro I, da Independência, Ana Neri, Visconde de Mauá, etc…  E ainda, recebeu comendas entre outras: da Ordem do Mérito Municipalista, da Ordem do Mérito da Cultura e Cavalheiresca de Santo Amaro. Foi também Membro da Ordem dos Velhos Jornalistas de São Paulo.

O Dr. Archimedes, nas diversas funções que exerceu, o fez brilhantemente. Em destaque, a de cidadão. Foi notável defensor não só de interesses e necessidades de sua cidade natal, a que muito amava, como também de suas circunvizinhas como atestam as inúmeras condecorações recebidas. Seu nome está relacionado a inúmeros empreendimentos, não só em Salto como na região.

Numa época em que a intervenção do deputado era fundamental na construção de prédios escolares, de instalação de cursos, ele tem seu nome ligado a diversas  instituições saltenses, dentre elas: a instalação da EEPG Claudio Ribeiro da Silva e EEPG Profº Paula Santos, ambas em 1962, durante o Governo Estadual do Professor Carvalho Pinto. Dos Cursos: Colegial Cientifico e Colegial Clássico, além da Escola Normal (1964,1965,1966), quando São Paulo teve como Governador Adhemar de Barros. Vale colocar também a obtenção do prédio do Ginásio Industrial (atual Profª Leonor Fernandes da Silva), tendo no governo estadual, Paulo Maluf e Paulo Egidio Martins; além dessas, a EEPG Acylino do Amaral Gurgel; EEPG Joseano Costa Pinto; EEPG Benedita de Rezende; EEPG Mirinha Tonello; EEPG José Benedito Gonçalves, EEPG Irmã Nazarena, Maria de Lourdes Costela.

Não só o setor de ensino e educação mereceu atenção do parlamentar. Foi importante sua luta em favor da criação da Comarca implantada em 1966, durante o mandado do prefeito Joseano Costa Pinto, que contou também com seu esforço na obtenção dos empréstimos que possibilitaram a construção da adutora e da Estação de Tratamento de Água. Teve participação direta no vínculo que possibilitou empréstimo para que a Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal-SIRI, ampliasse a reforma em sua sede e a Associação Atlética Saltense – A.A.Saltense, para a construção de suas piscinas. Esta, além do empréstimo, foi de grande valia a doação do dinheiro necessário à iluminação de seu estádio de futebol. Entidades assistenciais sempre contaram com seu apoio, principalmente durante o período em que o Dr. Mário Altenfelder da Silva foi secretário da Assistência Social. Participou também durante o mandato do prefeito Eugênio Coltro, do tombamento da pedra Moutonnée (I990) pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo) e da instalação e inauguração do Fórum.

Lutou muito também pela duplicação da estrada que liga Salto a Itu, e pela emancipação de Salto como “cidade turística”. Valeu a pena seu empenho, mas não presenciou sua realização, pois veio a falecer antes. A primeira reinaugurada, agora duplicada, com pista de caminhadas em todo percurso, durante a gestão de José Geraldo Garcia (2012) e, a segunda, no mandato de João Guido Conti, elevada a categoria de Estância Turística pela Lei Estadual 10.360 de, 02 de Setembro de 1999.

Políticos e jornalistas de Salto durante longo tempo, se lembrarão das indas e vindas realizadas a governadores e Secretários dos Transportes (notadamente, quando esta pasta era ocupada por Paulo Maluf). Todo aquele movimento ajudou na concretização da Rodovia do Açúcar com acesso a Santos Dumond, entre outras. Foram vários anos de luta ferrenha. Um dos trechos dessa rodovia que passa pelo Município de Salto e de Itu, recebeu o nome de Rodovia Deputado Archimedes Lammoglia, em sua homenagem.

O grande saltense veio a falecer em 08 de junho de 1996, durante a terceira gestão do Prefeito Jesuino Ruy e no mesmo ano, pela Lei nº 1937, aprovada pela Câmara Municipal, no dia 27 de setembro, a principal praça da cidade recebeu o seu nome: Praça Dr. Archimedes Lammoglia.

No dia 1º de fevereiro de 2003, no Anfiteatro Maestro Gaó, o prefeito em exercício Sr. Pilzio Di Lelli , mediado pela Secretaria da Cultura e Turismo da Estância Turística de Salto, convidou as famílias saltenses para participarem do projeto “Ser Cidadão”, que homenagearia o Dr. Archimedes Lammoglia (in memoriam)…

Sua dedicação e sua generosidade ele demonstrou na sua forma de trabalhar, impulsionada pelos valores fundamentais de cidadania, que cultivava dentro de si grandes paixões e todas elas voltadas para a vida.

Referências

LIBERALESSO, Ettore: Salto: História de Suas Ruas e Praça, Editoração, Fototipo e Impressão, 1998.

Recortes de jornais, revistas e convite de participação a projeto “Ser Cidadão”.

Prefeitos de Salto: mencionados no texto

João Batista Ferrari – Tita Ferrari: (1939 a 1945 e 1948 a 1951),

Vicente Scivittaro, “Chinchino”: (1952 a 1955 e 1960 a 1963).

Joseano Costa Pinto: (1964-1969)

Jesuino Ruy: (1969 a jan. 1973; 1977 a jan. 1983 e de 1993 a 1996)

João Guido Conti: (1997 a 2000)

Pilzio Di Lelli : 1983 a jan. 1989 (e de, 2001 a 2004)

Eugênio Coltro (1989 a 1992)

José Geraldo Garcia (2005 a 2008 e 2009 a 2012)

 

Luiz Salem Varella, seu parceiro no Hino “Salto-Canção”,

 

Hino da cidade de Salto:

“SALTO CANÇÃO”

 

Todos cantam sua terra,
também vou cantar a minha,
Nestes versos de louvor.
E, pulsando minha lira,
Vou fazê-la uma rainha,
Um poema de amor.

 

Seu regato é mais alegre,
Há em suas noites mais estrelas
E em seus frutos mais sabor.
Suas várzeas são mais verdes,
Suas tardes mais serenas,
Tem suas matas mais rumor.

 

REFRÃO: Salto!
Da linda cascata,
Das praças floridas,
Dos bandos de taperás.
Salto!
Que eles encantam,
voando e cantando
Pra lá e pra cá.

 

Por aqui os bandeirantes,
Procurando diamantes,
Se embrenhavam no sertão.
E assim foram alargando
Os imensos horizontes
Desta querida nação.

 

Erigiram uma capela
E a Virgem Padroeira
O meu berço abençoou.
Gente de todas as partes,
Que aos poucos foi chegando,
O meu berço povoou.

 

 

REFRÃO: Salto!
Da linda cascata,
Das praças floridas,
Dos bandos de taperás.
Salto!
Que eles encantam,
voando e cantando
Pra lá e pra cá.

 

Salve Salto tão singela,
Minha terra primorosa,
De que posso me orgulhar!
Salve Salto tão singela,
Minha terra formosa
Que eu não canso de exaltar.

Letra: Dr. Archimedes Lammoglia
Música: Luiz Sallem Varela

 

Hino da Guarda Mirim

 

Somos filhos de Salto gloriosa.

E queremos a pátria servir

Investimos da farda garbosa

Cuidaremos do nosso porvir!

 

 

A Bandeira no mastro hasteada

Altaneira nos céus tremular

Em continência , ó pátria amada

Estaremos dispostos a lutar

 

 

Somos Guardas Mirins desta terra

Querido berço que nos viu nascer

Em nosso peito, eis o que encerra

O amor à justiça, o dever!

 

Da ordem emana o progresso

Acalenta-o ideal nobre e puro,

O passado no coração impresso,

É na consciência todo um futuro!

 

Com orgulho marchamos em conquista

Alma soberba, alegre , sutil

Esta guarda Mirim e paulista

Que respeita e ama o Brasil.

 

Letra: Dr. Archimedes Lammoglia
Música: Silvestre Pereira de Oliveira e Zequinha Marques

 

 

 

Hino Homens do Amanhã

 

Somos filhos de Salto gloriosa.

E queremos a pátria servir

Investimos da veste garbosa

Cuidaremos do nosso porvir!

 

 

A Bandeira no mastro hasteada

Altaneira nos céus tremular

Em continência , ó pátria amada

Estaremos dispostos a lutar

 

 

Somos Homens do Amanhã desta terra

Querido berço que nos viu nascer

Em nosso peito, eis o que encerra

O amor à justiça, o dever!

 

 

Da ordem emana o progresso

Acalenta-o ideal nobre e puro,

O passado no coração impresso,

É na consciência todo um futuro!

 

Com orgulho marchamos em conquista

Alma soberba, alegre , sutil

Esta mocidade brava e paulista

Que respeita e ama o Brasil.

 

Letra: Dr. Archimedes Lammoglia
Música: Silvestre Pereira de Oliveira e Zequinha Marques

 

 

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