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Ler é o que me deu o gosto por escrever, diz a acadêmicos vencedora em três concursos

Se depender da estudante do 1º ano do ensino médio no Colégio Prudente de Moraes, em Salto, Sabrina Marx, de 15 anos, ela nunca encarnará o cumprimento da sentença da frase célebre de Paulo Francis: “Quem não lê, não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo”.

Ganhadora de três concursos literários entre o ano passado e este, a estudante foi a convidada deste sábado (3) para o “Sala de Visita”, um espaço de entretenimento e informação que antecede as reuniões ordinárias da Academia Saltense de Letras na nova gestão.

Sabrina disse que sempre leu muito (chega a ler cinco livros ao mesmo tempo, segundo sua mãe, a pedagoga que lecionou arte em Itu, Samantha Seratti) e que isto a fez tomar gosto por escrever e agora por participar de concursos para mostrar seus trabalhos fora de casa.

Acompanhada da mãe e do coordenador do ensino médio do Prudente, José Augusto Silva, o Guto, ela disse que tem preferência por poesia (no ano passado foi a vencedora do 29º Prêmio Moutonnée de Poesia, na categoria infanto-juvenil, com a poesia “5 x 5”), mas escreve outros textos.

Para ela, a poesia é uma forma de consolo e de esperança. Para exemplificar esse entendimento, a estudante declamou uma poesia chamada “Fotografia” que fez para a avó e falou que não despreza os clássicos do gênero. “Gosto da poesia de todos os tempos, com rima ou sem”.

A poesia “5 x 5” retrata de forma intensa a pressão exercida pela pandemia do Coronavírus. A estudante mostra a gradação da sua angústia e da sua frustração por causa da doença. No texto, faz uma redução a cada estrofe, de 5 x 5 a 4 x 4, 3 x 3, até o verso final: “Eu não sou mais eu”.

Consciência crítica

Um dos outros tipos de texto que Sabrina faz foi o vencedor do XXI Prêmio Câmara de Meio Ambiente de 2022, na categoria texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Descarte de materiais: faça da maneira correta e colabore com o meio ambiente”, onde mostrou que pensa e muito.

O mesmo aconteceu no concurso do Colégio Prudente de Redação e Poesia de 2022, que venceu na categoria juvenil com a poesia “Descobertas”. “É muito difícil fazer um jovem ler, mas essa é uma luta que vale a pena”, disse o coordenador do ensino médio ao se referir à Sabrina. A mãe Samantha Seratti contou que a filha participa de Sprints de Leitura no Youtube, onde os estudantes têm 40 minutos para ler uma história. Afirmou que sempre deu um livro junto com o presente de cada aniversário da filha, mas que nunca cobrou a leitura ou que escrevesse.

Depois da exposição sobre os trabalhos vencedores e sobre como vê a literatura (“é a minha paixão”), a estudante respondeu a perguntas dos acadêmicos. Disse que usa a internet para ler, mas que prefere o livro físico e que procura redes que tratem de literatura, como o Tik Tok.

 

Cognição e redes

A postura levou a presidente Anita Liberalesso Néri, cadeira 11, patrono Odmar do Amaral Gurgel, a comentar que o foco faz a diferença. A presidente perguntou quantos livros a estudante tinha em casa (ela disse 30) e citou pesquisa que aponta que quanto mais livros, mais cognição.

A acadêmica Anna Osta, cadeira 2, patronesse Rachel de Queiróz, contou sobre sua experiência no Clube do Livro com os livros digitais. “A garotada usa o livro digital, mas quando gosta da história ou do autor, parte para o livro físico, que não perde o seu encanto nunca”.

A vice-presidente da ASLe, Marilena Matiuzzi, cadeira 39, patronesse Cora Coralina, disse que não acha certo crianças muito pequenas usarem celular. “Vou tentar evitar que minha neta passe por isso”. Também fizeram perguntas comentários por mais 15 minutos vários outros acadêmicos.

SARAU DE OUTONO EM 2019

NINA, A ESCRITORA

NINA, A ESCRITORA
Por Andrade Jorge

Naquele dia Ticão estava com a macaca, como dizem por aí, entrou como um furacão na sala, e como de costume, foi logo mexendo com sua irmã:
─ Diga aí Nina, por que você escreve tanto? que literatura é essa?
Nina estava tão absorta escrevendo, que levou um susto com o irmão, aquela interrupção abrupta serviu para traze-la à realidade:
─ Ai Ticão, você me mata de susto! Já que perguntou sobre a literatura, ela é um verdadeiro alimento para mim, tenho essa necessidade de expressar meus pensamentos numa folha de papel.
Entretanto, Ticão querendo provocar uma reação na irmã, aliás ele adorava fazer isso, emendou
─ E você ganha o que? Vende livro? Ganha dinheiro?
Nina não estava muito a fim de conversa, mesmo porque estava no meio de um texto no qual abordava exatamente a dificuldade dos escritores, pouco conhecido, viverem da literatura, mas respondeu
─ Ticão, na verdade não escrevo para ganhar dinheiro, como disse, sinto essa necessidade em colocar no papel meus pensamentos, e divulgo meus escritos nos saraus que participo pela cidade, e olha que são muitos, você deveria vir comigo pra ver como é, tenho certeza que vai gostar.
Contudo, Nina sentiu a necessidade de colocar seu irmão a par dos problemas para publicação de um livro
─ Ticão, a publicação de um livro não é tão fácil assim, existem dois tipos de editoras, as comerciais, como são chamadas as grandes, como a Companhia das Letras, a Papirus, a Rocco etc. que contratam o autor para publicar sua obra com exclusividade, pagam os direitos autorais, e a porcentagem de capa sobre livros vendidos. Normalmente fazem a distribuição em livrarias conveniadas. O outro tipo são as editoras que publicam para os autores iniciantes, porém o custo de toda edição fica por conta do autor, que contrata a quantidade de exemplares que quiser, ou puder pagar. Uma vez o livro pronto e entregue, fica por conta do autor seu lançamento, distribuição e venda, e essa tarefa não é nada fácil. Visando somente o dinheiro do iniciante, muitas editoras publicam sem qualquer critério, o que vem vai pro prelo, inclusive, no contrato fazem constar, que a revisão ortográfica é por conta do autor, fácil imaginar as turbulências gramaticais em certos livros.
Ticão até que ouviu pacientemente, mas não seria o Ticão se não fizesse a pergunta a seguir
─ Maninha, quem sabe algum dia vou com você nesse tal sarau, mas diga-me, nesses movimentos aí vão muitas gatinhas?
Nina nem respondeu, e continuou escrever seu texto sobre as dificuldades dos novos escritores.

FIM

ANELISE

ANELISE, UMA COMIDA RÁPIDA
Andrade Jorge

Anelise, garota muito bonita, tinha um sorriso encantador, gostava de usar saias justas, que realçavam suas coxas, e pra completar aquelas blusas ‘tomara que caia’, por onde passava impressionava.
Anelise trabalhava somente a noite, e era num ponto fixo, sempre na mesma esquina, a partir das 19 horas lá estava ela causando com seu visual.
Ela era muito desenvolta, conversava com todos que paravam em seu ponto, fosse homem ou mulher, se bem que era mais homens que a procuravam pelo seu serviço, e a abordagem era direta, o freguês chegava e ela já perguntava
─ Como tu queres, simples ou completo? O freguês respondia, e ela já entrava em ação.
O serviço era rápido e diferente, terminado, lá ia o cliente feliz comendo o seu cachorro quente.
Há muito tempo Anelise tinha um carrinho de cachorro quente naquela esquina.

Nota do Autor: baseado na poesia autoral “COMIDA RÁPIDA”

11/07/2022

50 TONS DE CRIS

50 TONS DE CRIS
Em 2020, escrevi um texto para Cris Lucena, que foi lido no dia do seu aniversário, nele falei sobre o tempo de existência e de sua construção de vida, ficou engraçado porque até a quantidade de respiração foi calculada.
Mais 365 dias se passaram, mas hoje sim, estou de corpo e alma presente.
Parece fácil falar de quem a gente gosta, mas essa palavra “gostar”, um verbo transitivo indireto, tem varias definições, uma delas é amar, e é com essa que fico.
Nesta pequena palavra de quatro letras “amar” está incluso SER AGRADÁVEL, APRECIAR, SENTIR PRAZER, e todas estas definições, para mim, a Cris tem de sobra, a sua companhia é muito agradável, e esse agradável representa a amizade, porque um casal precisa como base, a amizade, o companheirismo, o comprometimento de almas, sem esse alicerce nada será edificado, e na Escritura Sagrada encontramos em Provérbios 14:1
“A melhor sábia edifica sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua”.
Quando você está ao lado de uma pessoa agradável, você sente prazer, eu sinto prazer em estar ao lado da minha Cris, e digo minha não é no sentido de posse, posto que ninguém é dono de ninguém, a vida é individual e inegociável. Existem aqueles que não sentem prazer em estar na companhia de determinada pessoa, é o que dizem por aí “o santo não bateu”. No meu caso o santo bateu, e acho mesmo, que não que não foi um simples bater, foi uma surra bem dada.
Só apreciamos o que é bom, e Cris Lucena eu aprecio, pelo seu jeito de ser, desvelo e cuidados pelo outro, às vezes atropeladamente na ânsia de bem servir, mas está sempre pensando nas atividades as quais são de sua responsabilidade, e agora que estou mais próximo, observo o quão benfeitora ela é, e como diz no programa de TV: pra Cris Lucena eu tiro o chapéu.
Dentro desse sentimento de amar, também está implícito “Estimar” e “Prezar. Na vida temos muitos conhecidos, poucos amigos, e estes devemos estimar e prezar. Eu estimo e prezo Cristina, ao dizer isso, significa que “eu quero pra mim” desejo, almejo, porém, sei que tenho que fazer por merecer. Merecer a atenção e o sentimento.
Hoje ao completar seu cinquenta anos, que chamo de 50 TONS DE CRIS, um longo tempo de vivência, em que você entre risos e choros, alegrias, tristezas, foi se fortalecendo, e aprendendo com a vida o que a vida nós ensina, a sua presença é fundamental para muitos que a rodeiam, e posso dizer que fico embevecido com tamanha volúpia, vigor e coragem no enfrentamento do dia-a-dia.
Cris, para finalizar, em 2020 fui voz virtual, mas 2021 estou presente, não somente para comemorar seu especial aniversário, e sim para vivenciarmos um grande amor, e que não seja eterno enquanto dure, seja verdadeiro em nossa existência, pois a eternidade só a Deus pertence.
Do seu amigo, amante, parceiro, companheiro

Andrade Jorge 26/04/2021

A VIDA MANDA SINAIS

O presente texto escrevi quando a pandemia estava no seu auge, existem alguns números que eram relativos aqquela época.

A VIDA MANDA SINAIS
Por Andrade Jorge

Acordei com a seguinte frase girando na minha cabeça:
“Preste atenção ative sua intuição, a vida manda sinais”.
Dia desses escrevi um texto, que em certa passagem dizia ─ “vivemos de reflexões e escolhas, todo dia, toda hora, todo momento” ─ e me liguei na frase para prestarmos atenção, pois a vida manda sinais, e que devemos seguir a intuição.
E quais sinais a vida têm mandado?
Neste ano conturbado, tribulado, empestado, virulento (devia ser virurapido), a vida sendo contestada, ceifada, por esse mundão de meu Deus, sinais estão sob nosso nariz, basta ver, e enxergar, porque tem gente que vê, mas não enxerga (esse é o pior cego), um deles chama-se equilíbrio, tal qual a música que Elis cantava
“A esperança dança na corda bamba de sombrinha..”
Somos os bêbados tentando equilibrar.
Há muito esquecemos a fraternidade, vivemos nessa corrida desenfreada à procura da tal felicidade, que o gênio do Tim cantou em tempos idos:
“Já rodei todo esse mundo procurando encontrar um amor, um bem profundo que eu pudesse realizar…”
Nessa busca frenética o que vale é só o bem estar pessoal, o entorno que se lasque, não vi, não enxergo. No entorno encontram-se os desvalidos, os hipossuficientes, os desgraçados invisíveis, que respiram o mesmo ar dessa terra (que já não é de todos), que choram e derrubam a mesma água-lágrima salgada, mas estão tão lá embaixos que os olhares onipotentes não veem.
Nosso planeta gira numa velocidade de 1.666 km/hora e igualmente nós também estamos girando, e nessa velocidade tamanha, conseguimos tempo para estragar a terra, vilipendiar o ecossistema, aplaudimos a fumaça expelida nas chaminés da ganância, aplaudimos até a fumaça branca do Vaticano. Enquanto isso, humildemente os sinais são emitidos, mas não enxergamos.
Preocupamos em mandar sinais para o espaço na esperança de encontrar vida inteligente, porém nossos mandatários não enxergam os sinais do nosso planeta, e de repente a resposta chega na forma de um vírus, se intencionalmente criado ou não, agora já não importa, o que importa que estamos beirando a hum milhão e quatrocentas mil mortes pelo mundo afora, vítimas desse flagelo, tal qual Átila rei dos hunos, denominado flagelo de Deus, pela ferocidade que destruía seus inimigos.
Esse vírus colocou de joelhos os maiorais do planeta, nivelou os países pela morte, mas por pouco tempo, porque, desgraçadamente, como o homem tem o livre arbítrio, está utilizando a pandemia para tirar vantagens política-ideológicas, o povo morrendo e eles se digladiando pelo poder em meio a esse caos sanitário.
Ative sua intuição, a vida manda sinais, neste caso anda mandando sinais de morte, e nos primeiros meses do contágio, pareceu haver uma certa mudança no comportamento humano, que buscava na sua humanidade e racionalidade de pensamento o bem comum, ledo engano…. o “status quo ante” se faz presente, a arrogância volta ao seu normal, o nariz empinado volta a ser empinado, o vil metal continua dando as cartas, enquanto as relações humanas são dilaceradas, até o racismo voltou com mais força ainda, vejam recentes notícias veiculadas na imprensa escrita, falada e televisiva, repugnante assistir um verme dizer que no condomínio dele, preto não iria entrar, e só à guisa de esclarecimento, o preto em questão estava lá para fazer uma entrega, já que era um motoboy.
Ave Cesar! o mundo comemora a normalidade. Vírus que vírus? A vacina da eleição imunizou…
A nós, simples mortais, o melhor é sentar num cantinho do Monte das Beatitudes (ou Monte das Bem-Aventuranças), e relembrar o que Jesus Cristo pregou:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Evangelho de Mateus e Lucas).

18/11/2020 (ano da desgraça mundial)

Gerente das Lojas Cem conta o que inspirou ‘Ainda Bem Que Tem’

Na primeira reunião ordinária sob a nova diretoria, presidida por Anita Liberalesso, a Academia Saltense de Letras (ASLe) recebeu, neste sábado (6), o gerente de propaganda das Lojas Cem, Maurício Gardenal, que falou sobre o seu livro “Ainda Bem Que Tem! – Varejo da história das Lojas Cem”, o qual relata pontos importantes da trajetória histórica dos 70 anos de existência da rede.

“Quando comecei a trabalhar nas Lojas Cem, em 1990, e pude conhecer por dentro todo o complexo desse empreendimento, tive a audácia de dizer que um dia escreveria um livro contando a história das Lojas Cem. Logo me arrependi de ter dito, porque a diretoria aprovou a ideia na hora e passou a esperar pelo livro. Vieram os 50 anos e nada do livro. Vieram os 60 e nada. Então agora eu resolvi cumprira a promessa”, disse ele ao iniciar a exposição.

O gerente de propaganda fez questão de frisar que não fez uma biografia empresarial, pois seria uma tarefa muito difícil colocar em um único livro os 70 anos das Lojas Cem. “O que fizemos foi juntar pontos significativos para a história percorrendo todo esse tempo. Por isto o subtítulo “Varejo da história das Lojas Cem”. O varejo é comprar em grande escala e vender em pequena, até em unidades. Pegamos toda a história e apresentamos detalhes dela”.

Com prefácio do acadêmico da ASLe Décio Zanirato Jr., cadeira 22, cujo patrono é Fernando Pessoa, e o pai era primo de dona Nair, esposa de Remígio Dalla Vecchia, o fundador das Lojas Cem, o livro foi subdividido pelas etapas do crescimento, pinçando aqui e ali personagens e situações que ajudaram a compor o conjunto de fatos que produziram a história dos 70 anos da rede, desde a fundação até se tornar a melhor empresa de varejo do Brasil.

O autor destaca nas 451 páginas do volume, impresso em capa dura, como disse Décio Zanirato Jr, os fatos e pessoas que surgiram ao longo dos 70 anos de uma forma cronológica, com pontos significativos como os quatro diretores que tocaram e tocam até hoje o negócio ajudando o fundador: Giácomo, Natale, Roberto e Cícero; as razões para o sucesso; como surgiu o slogan “Ainda bem que tem” e quem está por trás da marca nos dias de hoje.

“Tenho certeza de que o que dissemos no livro está ao encontro do que os proprietários queriam, porque todos eles leram o rascunho antes de tudo”, disse Maurício Gardenal. Décio Zanirato Jr. foi além: “Eu ouso dizer que o livro é um manual para quem quer empreender com sucesso”. A também acadêmica da ASLe Cristina Maria Salvador, cadeira 20, patrono Archimedes Lammoglia, reverenciou o apoio ao social que é marca das Lojas Cem.

Para a presidente da ASLe, Anita Liberalesso, a presença de Maurício Gardenal na academia com a apresentação do livro foi um presente a todos os acadêmicos, que puderam desfrutar dos bastidores da produção de um livro com a importância que tem “Ainda Bem Que Tem” para a cidade de Salto e para todas aquelas onde existem as mais de 300 lojas do grupo. “É gente de Salto que mostra competência, dignidade e arrojo em um mundo de muita concorrência”.

 

 

Academia Saltense de Letras perde o acadêmico Paulo de Tarso Liberalesso

Paulo de Tarso era filho da acadêmica Maria Christina Noronha Liberalesso

A Academia Saltense de Letras (ASLe) comunica, com pesar, a morte do acadêmico Paulo de Tarso Liberalesso Filho, de 47 anos, vítima de um infarto fulminante na noite desta segunda-feira (13), em São Paulo, onde residia.

Paulo de Tarso é filho da também acadêmica Maria Christina Noronha Liberalesso e neto de um dos fundadores da ASLe e o seu primeiro presidente, o historiador Ettore Liberalesso, e da acadêmica Virgínia Soares Liberalesso.

O médico Paulo de Tarso ingressou na academia havia apenas seis meses, em 4 de dezembro de 2021. Ocupava a cadeira nº 4, cujo patrono é Ruy Barbosa. Substituiu o acadêmico Olavo Marques de Souza, falecido recentemente.

Nascido em Salto, Paulo de Tarso constituiu família e carreira em São Paulo. Formou-se em medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes, em 1996. Fez residência em ginecologia e especialização em ultrassonografia.

Também se formou em direito pela Universidade Paulista, em 2012, e em administração de empresas também pela Universidade Paulista, em 2017, e dava aulas nos cursos de medicina e de direito, ambos na Universidade de Mogi.

O acadêmico era divorciado e deixa os filhos Louise Portella Liberalesso e João Pedro Vigna Liberalesso. Na área literária, ele tinha acabado de lançar “Maçonaria – Manual do Iniciante”, que escreveu com a mãe.

 

Nova presidente toma posse na Academia de Letras de Salto

A presidente Anita Liberalesso assina a ata

A psicóloga, pesquisadora e professora universitária Anita Liberalesso Neri tomou posse como nova presidente da Academia Saltense de Letras na sexta-feira (10).

Aclamada em chapa única no dia 7 de maio deste ano, ela ficará no comando da entidade até 2024 e é a quinta acadêmica a ocupar o cargo desde a fundação, em 2008.

Anita sucede o empresário João Milioni, que esteve à frente entre 2020 e 2022. Antes dele foram presidentes Anna Osta, Antônio Oirmes Ferrari e Ettore Liberalesso.

A posse ocorreu na abertura da última noite da 5ª Semana Cultural Ettore Liberalesso, que homenageia o historiador Ettore Liberalesso, um dos fundadores da academia.

 

Propostas

Anita disse em seu discurso que ampliará e valorizará a divulgação da produção acadêmica e a inserção da academia na vida ativa da comunidade da região.

Também defendeu o resgate histórico, com vistas ao fortalecimento da identidade saltense, e a ampliação da agenda cultural proposta e realizada pela academia.

Além da agregação de novos confrades e confreiras e da gestão dos processos internos para melhor desfrute de bens culturais por parte dos acadêmicos.

 

Os membros da nova diretoria

Diretoria

Também foram empossados a vice-presidente Marilena Matiuzzi, o 1º secretário Antônio Valini, a 2ª secretaria Cristina Salvador e o tesoureiro Valter Berlofa Lucas.

Ainda compõem os membros da nova diretoria eleita Eloy de Oliveira como diretor de Comunicação e Rafael Barbi como diretor de Relações Acadêmicas.

Por fim, o Comitê de Ética passa a ser presidido por Anna Osta, tendo Mônica Leite de Araújo Dalla Vecchia como relatora e Leandro Thomaz de Almeida como membro.

No Conselho Fiscal, a presidência ficou com Romeu Gonçalves Bicalho, tendo como membros participantes: Alberto Manavello e João Carlos Milioni.

 

Obras que foram lançadas depois da posse

Autógrafos

Logo após a posse, a academia realizou o lançamento coletivo de sete livros produzidos por oito acadêmicos, em solenidade animada pelo Quarteto de Cordas.

Foram lançados os seguintes títulos: “A menina do Casarão Branco (crônicas)”, de Eloy de Oliveira; e “As batalhas da esperança” (romance), de Alberto Manavello.

Também “Bom dia, faces! Vol 3” (crônicas), de Toni Tordivelli, “E foi assim que aconteceu… Salto” (infantil), de Cynara Veronezi, e “Sentires” (poesia) de Marilena Matiuzzi.

Além de “Maçonaria – manual do iniciado” (técnico) de Cristina e Paulo de Tarso Liberalesso Filho e “Quem foi quem – Vol. 2” (biografia), de Valter Lenzi.

 

 

5ª Semana Ettore retoma eventos presenciais e exalta identidade cultural

A Academia Saltense de Letras (ASLe) realizará, de 6 a 10 de junho, sempre às 19h, a 5ª Semana Cultural Ettore Liberalesso. Depois de dois anos prejudicado pela pandemia de Covid-19, o evento volta a ser totalmente presencial. Com o tema “Salto: identidade e cultura”, a grande inovação da Semana Ettore 2022 será a valorização da produção literária dos acadêmicos, com um lançamento coletivo de livros na última noite.

Com o intuito de demonstrar a riqueza cultural da cidade nos mais diversos segmentos, a programação, gratuita e aberta ao público em geral, inclui ainda palestras, espetáculos de música e dança, além de um slam, competição de poesia falada sobre questões da atualidade.

Entre as participações especiais deste ano estão: o professor e maestro Luís Roberto de Francisco; a Orquestra de Violeiros Saltenses; a Folia de Reis coordenada pelo produtor cultural Tião Ribeiro; a Faces Ocultas Cia. de Dança; o Coral Vozes Afro; o pesquisador e arte educador Chell Oliveira; o Slam Quinto Elemento; o escritor e atual secretário da Cultura de Salto, Oséas Singh Jr.; e os autores participantes do Lançamento Coletivo da ASLe: Alberto Manavello, Christina e Paulo de Tarso Liberalesso, Cynara Lenzi Veronezi, Eloy de Oliveira, Marilena Matiuzzi, Toni Tordivelli e Valter Lenzi.

Criada em 2017 para homenagear o escritor, jornalista e historiador saltense Ettore Liberalesso, a Semana Ettore 2022 tem a colaboração da Prefeitura da Estância Turística de Salto, por intermédio da Secretaria da Cultura, do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp) e da Flox Floricultura. Confira abaixo a programação completa.

PROGRAMAÇÃO

CULTURA CAIPIRA

06/06 às 19h, na Biblioteca Municipal de Salto (Pç. Paula Souza, 30, Salto/SP)

  • Cantoria da Folia de Reis – coordenado há 10 anos pelo produtor cultural Tião Ribeiro, o grupo abrirá a 5ª Semana Cultural Ettore Liberalesso com uma saudação à ASLe por seu 14º aniversário de fundação.
  • Palestra “A vida caipira e a música do povo paulista”, por Luís Roberto de Francisco. Ele buscará estabelecer conexões entre o fazer musical tradicional paulista e a vida do povo do interior, a que chamamos caipira, seus hábitos cotidianos, marcados pela presença constante da viola de arame. Luís Roberto é mestre em História Social (PUC/SP), professor de História e Geografia, regente do Coral Vozes de Itu e Diretor do Museu da Música – Itu.
  • Apresentação da Orquestra de Violeiros Saltenses, com repertório de música sertaneja raiz: “As Andorinhas”, “Tristeza do Jeca”, “Boiadeiro Errante”, “Porta do Mundo”, “A Majestade o Sabiá”, “Cuitelinho” e “Chalana”. A orquestra existe desde 2014 e é coordenada por José Carlos Amatuzzi. Tem o propósito preservar e valorizar a identidade regional, enaltecendo a terra, a natureza e as tradições populares das culturas caipira e ribeirinha.

DANÇA

07/06 às 19h, na Sala Palma de Ouro (R. Prudente de Moraes, 580, Salto/SP)

  • Espetáculo “Donos da Terra”, projeto apoiado pelo ProAC Editais, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e realização da Faces Ocultas Cia. de Dança. “Donos da Terra” é um espetáculo concebido por Arilton Assunção para destacar a importância da cultura indígena para a formação social brasileira. Dança contemporânea, com elenco de dez bailarinos coreografados e dirigidos por Arilton. Utilizando-se de músicas tradicionais indígenas e músicas populares brasileiras, como “Um Índio”, de Caetano Veloso, e também discursos interpretados pelos bailarinos, são trazidos à discussão fatos históricos relacionados à independência do Brasil e a necessidade de ser preservada a cultura dos povos originários.

CULTURA NEGRA

08/06 às 19h, no Auditório Brasital do Ceunsp (Pç. Antônio Vieira Tavares, 73, Salto/SP)

  • Apresentação do Coral Vozes Afro, sob regência do Maestro Marcos de Oliveira. Criado em 2012, por iniciativa de José Roberto Benedito, ativista e então coordenador da Igualdade Racial de Salto, o grupo vocal trabalha pelo desenvolvimento e pela divulgação da cultura afro-brasileira. Com repertório e figurino temáticos, procura levar a suas apresentações a alegria e os sentimentos da cultura africana.
  • Palestra “Biografias Afro-saltenses – Histórias e memórias da população negra de Salto”, por Chell Oliveira. O palestrante pretende demonstrar que, em Salto, assim como a historiografia de maneira geral, foram apagadas das narrativas oficiais a História do povo negro, sua cultura, afetos, manifestações, religiões e tradições, para dar lugar a uma história de invisibilidade. Inspirado na obra da pesquisadora Beatriz Nascimento e seus estudos afrodiaspóricos, Chell iniciou uma intensa pesquisa para recuperar informações, fotografias, documentos e outros materiais que possam recompor e valorizar essa História. Chell Oliveira é historiador, professor, arte educador e militante do Movimento Hip Hop.
  • Slam Quinto Elemento. O coletivo, criado em 2019, fará uma edição sobre a memória negra saltense. O Slam Quinto Elemento é uma competição de poesia falada que apresenta questões da atualidade com o intuito de gerar reflexões críticas. Nas apresentações de slam, o poeta é performático e só conta com o recurso de sua voz e de seu corpo.

CINEMA

09/06 às 19h, na Sala Paulo Freire (R. Prudente de Moraes, 580, Salto/SP)

  • Palestra “Reflexões inéditas sobre a vida e obra de Anselmo Duarte”, por Oséas Singh Jr. O palestrante pretende lançar luz sobre novas ou antigas questões artístico-ideológicas em torno do único cineasta brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Oséas Singh Jr. é jornalista, mestre em História da Arte e da Cultura pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. É autor do livro “Adeus cinema – Vida e obra de Anselmo Duarte, ator e cineasta mais premiado do cinema brasileiro”. Atualmente, é secretário da Cultura de Salto.

LITERATURA

10/06 às 19h, na Biblioteca Municipal de Salto (Pç. Paula Souza, 30, Salto/SP)

  • Cerimônia de posse da nova diretoria da ASLe para o biênio 2022-2024
  • Apresentação do Quinteto de Cordas do Conservatório, sob coordenação do professor Roberto Sanches. Formado por alunos e ex-alunos dos cursos de cordas friccionadas do Conservatório Municipal Maestro Henrique Castellari: violino, viola, cello e contrabaixo. Em homenagem ao modernismo, como parte da formação cultural brasileira, o Quinteto apresentará, entre outras, uma peça do compositor Heitor Villa-Lobos.
  • Lançamento Coletivo de Livros: sessão de autógrafos e vendas no local. As obras a serem lançadas são: “A menina do casarão branco” (crônicas), de Eloy de Oliveira, “As batalhas da esperança” (romance), de Alberto Manavello; “Bom dia, faces! volume 3” (crônicas), de Toni Tordivelli; “E foi assim que aconteceu… Salto” (infantil), de Cynara Lenzi Veronezi; “Maçonaria – Manual do iniciado” (técnico), de Christina e Paulo de Tarso Liberalesso Filho; “Quem é quem volume 2” (biografias), de Valter Lenzi; “Sentires” (poesia), de Marilena Matiuzzi.