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Anita Liberalesso é eleita presidente da ASLe

A Academia Saltense de Letras (ASLe) elegeu, em reunião realizada no dia 07 de maio, sua nova diretoria para o biênio 2022-2024. A chapa única, encabeçada pela psicóloga, pesquisadora e professora universitária Anita Liberalesso Neri, foi eleita com 27 votos, sendo 19 presenciais e 8 on-line. A posse da nova equipe está marcada para a sessão solene a ser realizada no próximo dia 10 de junho, às 19h, na Biblioteca Municipal de Salto, no encerramento da 5ª Semana Cultural Ettore Liberalesso (06 a 10 de junho).

A nova diretoria é composta pelos seguintes acadêmicos: Anita Liberalesso Neri (Presidente), Marilena Matiuzzi (Vice-Presidente), Antonio Valini (1º Secretário) Cristina Maria Salvador (2ª Secretária), Valter Berlofa Lucas (Tesoureiro), Eloy de Oliveira (Diretor de Comunicação) e Rafael Barbi (Diretor de Relações Acadêmicas).

O Comitê de Ética, responsável pela avaliação do ingresso de novos membros, passa a ser presidido por Anna Osta; tem Mônica Leite de Araújo Dalla Vecchia como Relatora e Leandro Thomaz de Almeida como membro. Já o Conselho Fiscal, encarregado de fiscalizar as contas anuais da Diretoria, é agora presidido por Romeu Gonçalves Bicalho; tem como membros Alberto Manavello e João Carlos Milioni.

Anita, que é filha do historiador Ettore Liberalesso, falecido em 2012, elencou as metas de sua futura gestão:

  • Resgate histórico, com vistas ao fortalecimento da identidade saltense;
  • Ampliação da agenda cultural da ASLe;
  • Agregação de novos confrades e confreiras;
  • Inserção da ASLe na cultura da cidade de Salto;
  • Gestão dos processos internos para melhor desfrute de bens culturais por parte dos acadêmicos.

Palestra do escritor Pedro Bandeira marcará lançamento da Semana Ettore

A Academia Saltense de Letras (ASLe) promove, no próximo dia 31, às 19h, a palestra on-line “A força da Literatura para a conquista do letramento”, do escritor infanto-juvenil Pedro Bandeira, com acesso gratuito pelo YouTube: https://youtu.be/Ay9jiPKsMIM. Com mais de cem títulos publicados, o autor já vendeu mais de 20 milhões de cópias, entre elas as dos clássicos “A droga da obediência” e “O fantástico mistério de feiurinha”, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti de 1986.
Com a experiência de quem escreve há mais de 40 anos para esse público, Pedro Bandeira abordará na palestra a importância da literatura no desenvolvimento da capacidade de ler, escrever e interpretar textos. O evento, que tem o apoio cultural da CSO Ambiental e de Bicalho & Bicalho Sociedade de Advogados, marcará também o lançamento da 5ª Semana Cultural Ettore Liberalesso, cujo tema será “Pós-modernismo e a identidade cultural saltense”.
Tradicionalmente realizada entre os meses de março e abril, a Semana Ettore 2022 foi adiada para o período de 6 a 10 junho, na esperança de oferecer, com segurança sanitária em relação à Covid-19, todas as atrações presenciais planejadas desde setembro do ano passado.
Criada em 2017 para homenagear o escritor, jornalista e historiador saltense Ettore Liberalesso, a Semana Cultural deste ano conta com a colaboração da Prefeitura da Estância Turística de Salto, por intermédio da Secretaria da Cultura, e das empresas Asbrabas Comunicação Marketing Digital, Pró-História Projetos Culturais e Mirarte Editora. Em breve, a programação completa da Semana Ettore estará disponível no site da ASLe: www.asle.net.br.

Intolerância e seus males

Um dos grandes nomes do pensamento intelectual é, sem dúvidas, o do filósofo, medievalista e crítico literário Umberto Eco (1932-2016). Era detentor de uma visão e análise ímpar de diversos aspectos da sociedade. Recentemente busquei em minha biblioteca realizar novamente a leitura de um pequeno livro lançado em 2020 com uma coletânea de textos que foram palestras apresentadas pelo escritor. O livro chama-se Migração e Intolerância.

Tem sido um material importante para reflexões em minhas aulas de Geografia e abre horizontes para questionamentos de situações que podemos observar com certa frequência nos jornais através de reportagens. Um dos pontos altos da discussão é a xenofobia. Vale lembrar que Eco analisa no livro a realidade europeia, chegando a mencionar que “no próximo milênio […], a Europa será um continente multirracial ou, se preferirem, “colorido”…” (ECO, 2020).

Na verdade, o próximo milênio do qual o autor se refere é justamente o milênio que estamos, chegando a tal conclusão ao analisar o intenso fluxo migratório para o velho mundo. Vale destacar que a migração foi um dos assuntos em pauta para o Brexit e a consequente saída do Reino Unido da União Europeia.

Muitas vezes esse fluxo de migrantes pode causar em algumas mentes intolerantes ao Outro (aquele que é diferente de mim) a xenofobia. Isso pode ser visto na Europa como em diversos outros territórios, inclusive pelas bandas de cá. Lembremos o trágico caso do congolês Moise Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro. Xenofobia, racismo, dentro outras formas de discriminação, são males que devemos combater nesse mundo cada mais globalizado (globalização esta que nos gabamos tanto).

Para Umberto Eco, a intolerância é antecessora a qualquer forma de preconceito e discriminação, chega a mencionar e explicar duas formas evidentes de intolerância: o fundamentalismo e o integrismo. Para o primeiro, cita o autor:

Em termos históricos, o “fundamentalismo” é um princípio hermenêutico ligado à interpretação de um livro sagrado. O fundamentalismo ocidental moderno nasce nos ambientes protestantes dos Estados Unidos do século XIX e caracteriza-se pela decisão de interpretar literalmente as Escrituras, sobretudo no que se refere às noções de cosmologia, cuja veracidade a ciência da época parecia colocar em dúvida. (ECO, 2020).

Para o integrismo, o autor define que é “uma posição religiosa e política segundo a qual os princípios religiosos devem tornar-se ao mesmo tempo modelo de vida política e fonte das leis do Estado.” (Eco, 2020).
Partindo para o campo religioso, observamos diversos casos de intolerância em países que se declaram como Estado Laico, cada vez mais discursos eufóricos que esbanjam preconceitos contra a maneiro do Outro viver simplesmente por uma interpretação daquilo que determinada religião vê como inadequado, vão sendo normalizados, hoje temos até um termo para isso, o famoso “discurso de ódio”.
A intolerância está tão marcada em nossa sociedade que se chegou ao extremo do famoso apresentador do Podcast Flow sair em defesa da existência de um partido Nazista no Brasil, ao vivo, diante de um debate com dois Deputados que pouco reagiram ali ao ouvirem tamanha manifestação preconceituosa que fere Direitos Humanos.

Por fim, deixo aqui a indicação da leitura que possibilitou algumas reflexões, tenho certeza que muitas outras também poderão ser feitas.

Um bom fim de semana a todos!

ECO, Umberto. Migração e Intolerância. Rio de Janeiro: Record, 2020.

Cartas como fontes históricas

Recentemente, finalizei a leitura de uma nova publicação elaborada pela Academia Ituana de Letras (Acadil), instituição, aliás, que mantém um repertório de publicações ricas em qualidade e variedades de conteúdo, demonstrando o fôlego de seus acadêmicos, imortalizando seus nomes e de seus Patronos ou Patronesses através das letras, ultrapassando os limites do município.

A Série Patronos: Euclydes de Marins e Dias é a mencionada publicação. Como estudioso da história regional, a obra apresenta dois gêneros que tenho um prazer especial para leitura: biografia e cartas. A primeira, no campo da história, se faz importante e perigosa, isso porque através da biografia de uma pessoa, de uma instituição ou biografia de um coletivo de pessoas, pode-se revelar aspectos curiosos de vida que fazem com que pensemos (ou repensemos) as influências do biografado, seus métodos e manias, como e por que pensava e/ou agia de determinada maneira, isso tudo contextualizado à história de seu tempo, pode abrir para o campo da interpretação do pensamento da própria época, sendo possível a abordagem cultural, política e/ou econômica. Agora o perigo: a narrativa pode ser influenciada de acordo com os interesses daquele que a escreve. Imagine um conservador escrevendo a história da vida de Che Guevara ou um socialista abordando a vida política de George W. Bush…

Bom, o parágrafo acima foi apenas uma introdução para reflexão, o livro ao qual faço referência relata o envolvimento cultural daquele que é o Patrono da Cadeira de número um da mencionada Academia, o poeta e cronista Euclydes de Marins e Dias (1903-1969), uma pessoa daquelas que deveria ter inúmeras histórias para contar. No ano em que a chamada “Revolução Constitucionalista” completa seus noventa anos, o Patrono da Cadeira número um seria um daqueles personagens para amarrar com essa história, abrindo espaço para uma biografia política de Marins e Dias:

Em 1932 alistou-se como soldado constitucionalista, desempenhando funções na Intendência, pois também era presidente da Campanha do “Ouro para o bem de São Paulo” na região de Assis. Nesse mesmo ano foi preso pelas tropas do General João Francisco, na cidade de Presidente Prudente. (CASELLI, 2021)

Mencionei a participação de Euclydes Marins e Dias na Revolução para ilustrar as possibilidades ao analisar biografias e seus respectivos contextos históricos. Além disso, a publicação nos dá um panorama do intelectual, abrindo espaço para questionamentos em um recente campo de estudo da historiografia: a história intelectual. Marins e Dias, como já mencionado, era um desses intelectuais do século XX, sua filha, a Dra. Maria Lúcia Almeida de Marins de Dias Caselli, ocupante da Cadeira cujo pai é Patrono, é guardiã dessa história intelectual.

Dentre as preciosidades da Casa Imperial, aonde reside há cinquenta anos a acadêmica Maria Lúcia Almeia de Marins e Dias Caselli, conservam-se o arquivo e a biblioteca do Patrono da Caderia 01 da Academia Ituana de Letras, Euclydes Marins e Dias. É que a filha não descuidou dos alfarrábios do pai: os livros, os artigos e crônicas publicados ou lidos pela rádio ou mesmo a correspondência. (FRANCISCO, 2021)

Como já mencionado, o mesmo livro traz cartas, estas enviadas pelo cronista e memorialista ituano Francisco Nardy Filho (1879-1959), também Patrono na Acadil, sendo que “as dezoito cartas agora transcritas datam entre 1946 e 1956”. (FRANCISCO, 2021).

Cartas são outras importantes fontes para analisar e narrar biografias. Com um olhar atento, o pesquisador pode retirar informações preciosas, desvendar o subjetivo ou mesmo se divertir (e por que não se emocionar) ao ler as cartas trocadas. Este que aqui escreve já nasceu em uma época em que as comunicações à distância aconteciam por ligações ou SMS. No ano de 2017, o Jornal Primeira Feira entrevistou-me por ocasião da minha posse na Academia Saltense de Letras (ASLe). Uma das perguntas era se eu acreditava que a sociedade atual lê pouco, a resposta foi que não, repito aqui o que mencionei na ocasião, na verdade acredito que estamos lendo bastante, porém vale refletir sobre a qualidade de tal leitura. Poderíamos entrar em um debate intenso sobre os novos meios e modos de comunicação, porém mencionei o exemplo para elucidar a velocidade e superficialidade das conversas instantâneas via aplicativos como o WhatsApp ou Messenger. Ao ler cartas e entende-las como fontes históricas, nota-se a profundidade de uma resposta, a preocupação em transmitir bons votos, em perguntar “como andam as coisas” ou mesmo solicitar algum favor.

Na correspondência “Nardy-Euclydiana”, como mencionado no livro, é possível notar a amizade e o carinho entre dois intelectuais de Itu do século passado, o carinho com que Nardy encerrava algumas de suas cartas: “Seu amigo e admirador, Chiquito Nardy”. (ACADIL, 2021).

Tomo a liberdade de expressar mais um gosto pessoal: ler e descobrir curiosidades acerca da vida do cronista Nardy Filho. Para quem estuda, ou ao menos se interessa pela história ituana, é impossível não passar pela obra do memorialista. Para os leitores do “dedinho de prosa”, em sua maioria da cidade de Salto, é como querer estudar a história da cidade e não ler Luiz Castellari ou Ettore Liberalesso como um “despertador” ou ponto de partida para novas abordagens. Por falar em Castellari, e retomando ao assunto das correspondências, o Museu Municipal Ettorre Liberalesso, em Salto, mantém um rico acervo de correspondências enviada e recebidas pelo pesquisador saltense. Tais documentos revelam parte da trajetória de Castellari enquanto pesquisador, suas preocupações em biografar a cidade com base em fontes primárias, recebendo, inclusive, elogios de Afonso d’Escragnolle Taunay (1876-1958). Veja um trecho da carta enviada pelo historiador, sendo um dos responsáveis pela construção da narrativa dos bandeirantes ao longo do século XX ao historiador saltense após este solicitar a leitura de sua pesquisa sobre a terra natal:

São Paulo, 9 de dezembro de 1942
Prezado sr. Luiz Castellari
[…] ocorre a impressão de que o Sr. Realizou um trabalho de pesquisas muito dilatado e inteligente que lhe deve/ ter dado muito que fazer.
[…] todos os nossos municípios precisariam ter uma monografia do gênero da que o Sr. realizou. Por isso dou-lhe os parabéns e faço muitos votos para que a Prefeitura saltense/e os saltenses concorram para que logo se imprima a sua prestimosa monografia. (TAUNAY, 1971)

Peter Burke, historiador britânico, cita a importância das cartas como fontes de estudo:

Cinquenta anos depois da invenção da impressão, o grande humanista holandês Erasmo já pensava em publicar uma coletânea de suas cartas, algumas das quais reviu ou reescreveu com esse propósito. Para os detalhes da vida de um indivíduo, coletâneas de cartas […] devem ser tratadas […] como memórias e autobiografias. Ainda assim, como documentos da autoimagem da pessoa, são inestimáveis. (BURKE, 2009)

Detalhes que servem como curiosidade também chamam a atenção, por exemplo, quando em uma das cartas Nardy menciona que vai à missa do Carmo, na Aclimação (São Paulo) todos os dias. Aspectos da fé, da vida privada, acabam sendo revelados.
Pois bem, a Acadil começa a nova série de publicações com um baita presente para Itu, um livro grandioso pela sua capacidade de não só divulgar os Patronos da instituição, como inspirar reflexões como esta que acabamos de prosear.
Recomendo a leitura da Série Patronos: Euclydes de Marins e Dias.

ACADIL. Série Patronos: Euclydes de Marins e Dias. Salto: FoxTablet, 2021.

CASELLI, Maria Lúcia Almeida de Marins e Dias. Euclydes de Marins e Dias. In.: ACADIL. Série Patronos: Euclydes de Marins e Dias. Salto: FoxTablet, 2021.

BURKE, Peter. O Historiador como Colunista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

FRANCISCO, Luís Roberto de. Correspondência Nardy-Eclydiana. In.: ACADIL. Série Patronos: Euclydes de Marins e Dias. Salto: FoxTablet, 2021.

TAUNAY, Afonso d’Escragnolle. Apresentação. In.: CASTELLARI, Luiz. História de Salto. Salto: Taperá, 1971.

XXIX Prêmio Moutonnée de Poesia divulga vencedores

O prefeito Laerte Sonsin (dir.) fez a entrega dos prêmios da categoria Adulto. Na foto, com Mauro André Oliveira, 2º colocado

A Prefeitura da Estância Turística de Salto, em parceria com a Academia Saltense de Letras (ASLe), realizou, na noite do último sábado, dia 27 de novembro, a solenidade de premiação do XXIX Prêmio Moutonnée de Poesia. O evento, que contou com a presença do prefeito Laerte Sonsin, do secretário da Cultura, Oséas Singh Jr. e da acadêmica Marilena Matiuzzi representando a ASLe, ocorreu nas dependências da Biblioteca Prof. Valderez Antonio Bergamo Silva. Na oportunidade, foi lançada a antologia do concurso, que contempla todos os premiados, além de outros 42 trabalhos selecionados.
Pela primeira vez na história do Prêmio, as seleções do júri foram feitas com foco em um tema, que nesse ano foi “Percepção Poética da Pandemia”. Mais de 1.000 trabalhos foram inscritos, com participantes de todos os estados brasileiros e de outros sete países: Angola, Moçambique, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Portugal e Austrália.
As poesias foram selecionadas por uma comissão julgadora nomeada pela Academia Saltense de Letras, sob coordenação da acadêmica Mônica Leite de Araújo Dalla Vecchia.

Os premiados foram:

CATEGORIA INFANTIL:
1ª colocada: Nita Gusmão Branco – de Porto Alegre/RS (troféu + seleção de livros)
2º colocado: Felipe Euzébio Pires – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
3ª colocada: Vivian Alonso – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
4ª colocada: Anna Karla G. Maiola Covre – Jacareí/SP (certificado + seleção de livros)
5ª colocada: Nicolly Laysa Batista – Embú das Artes/SP (certificado + seleção de livros)

CATEGORIA INFANTO-JUVENIL I
1ª colocada: Sabrina Marx – de Salto/SP (troféu + seleção de livros)
2ª colocada: Lisa Riba Sato – São Paulo/SP (certificado + seleção de livros)
3ª colocada: Ana Julia Vitorino Berardinelli – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
4ª colocada: Manuela Almeida Prado de Lima – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
5º colocado: Rafael Tomoyose Prado – São Bernardo do Campo/SP (certificado + seleção de livros)

CATEGORIA INFANTO-JUVENIL II:
1ª colocada: Lívia Isídio Coelho – de Fortaleza/CE (troféu + seleção de livros)
2º colocado: Nicolas Ferreira da Silva – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
3º colocado: Guilherme Rodrigues de Menezes – Itu/SP (certificado + seleção de livros)
4º colocado: João Vitor Agostinho Rodrigues – Salto/SP (certificado + seleção de livros)
5º colocado: Anna Flávia Nunes Oliveira Santos – Salto/SP (certificado + seleção de livros)

CATEGORIA ADULTO:
1ª colocada: Ana Cristina Mendes Gomes – de São Pedro da Aldeia/RJ (prêmio de R$ 5.000,00 + troféu)
2º colocado: Mauro André Oliveira – São Paulo/SP (prêmio de R$ 2.000,00)
3º colocado: Weslley Moreira de Almeida – Feira de Santana/BA (prêmio de R$ 1.000,00)
4º colocado: Saul Cabral Gomes Junior – Jaguaré/SP (prêmio de R$ 1.000,00)
5ª colocada: Giovanna do Carmo Cezar – Rio de Janeiro/RJ (prêmio de R$ 1.000,00)

Graças a uma parceria firmada com a Academia Saltense de Letras, guardiã do Prêmio, esse patrimônio artístico ganhou mais autonomia e agora tem força de Lei e está oficializado no calendário municipal.

ASLe dá posse a três novos acadêmicos neste sábado

Paulo de Tarso, cadeira nº 4, patrono Ruy Barbosa

A Academia Saltense de Letras (ASLe) realiza neste sábado (04/12), às 10h, na Biblioteca Municipal Prof. Valderez Antonio Bergamo Silva, sessão solene para posse de três novos acadêmicos: o médico e professor Paulo de Tarso Liberalesso Filho, o professor e pesquisador Rafael José Barbi e a publicitária e professora Raquel de Toledo Camargo Ferraro. Com isso, a ASLe terá, pela primeira vez em 13 anos, todas as suas 40 cadeiras academicas ocupadas.
Paulo de Tarso tomará posse na cadeira de nº 4, que tem como patrono o jurista, político, filósofo e escritor Ruy Barbosa. Republicano e abolicionista, Ruy Barbosa destacou-se por sua atuação na II Conferência da Paz, em Haia (Holanda, 1907), onde defendeu o princípio da igualdade entre as nações, o que lhe valeu o famoso apelido de “Águia de Haia”. A cadeira nº 4 da ASLe está vaga desde o falecimento de seu primeiro ocupante, Olavo Marques de Souza, em 18 de março de 2020.
Paulo de Tarso é graduado em Administração, Direito e Medicina, tendo se especializado em Ginecologia e Obstetrícia. Atualmente é professor nos cursos de Medicina e Direito da Universidade de Mogi das Cruzes. É também diretor clínico e coordenador médico do Grupo NotreDame Intermédica, em São Paulo. É um estudioso da Maçonaria, temática sobre a qual tem três obras prontas – “Maçonaria – Manual do Iniciado”, “Landmarks comentados” e “Aprendiz maçom”, que aguardam oportunidade para publicação.

Rafael Barbi, cadeira nº 25, patrono Mário de Andrade

Já Rafael Barbi, tomará posse na cadeira nº 25, cujo patrono é o poeta, romancista, musicólogo e historiador de arte Mário de Andrade, que foi um dos fundadores do modernismo brasileiro e teve enorme influência na literatura moderna, como estudioso e ensaísta. Foi figura central da Semana de Arte Moderna de 1922, evento que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil. Suas obras mais conhecidas são “Pauliceia desvairada” e “Macunaíma”. A cadeira nº 25 está vaga desde o falecimento de sua primeira ocupante, Virgínia Soares Liberalesso, em 11 de novembro de 2020.
Rafael Barbi é graduado em História e mestre em História e Historiografia. Atualmente é professor no Branta Institute (Itu) e diretor da Pró-História, empresa pela qual presta serviços nas áreas de desenvolvimento de projetos culturais, curadoria de exposições e assessoria em gestão de instituições museológicas. Ele foi coordenador do Museu da Cidade de Salto – “Ettore Liberalesso” de 2013 a 2016 e lançou, recentemente, seu primeiro livro: “Festejos, Liberdade e Fé” (Viseu, 2021).

Raquel Ferraro, cadeira nº 28, patrono Eça de Queiróz

A terceira postulante que toma posse neste sábado é Raquel Ferraro, na cadeira nº 28, cujo patrono é o escritor e diplomata português Eça de Queiróz. Autor dos celebrados romances “Os Maias” e “O Crime do Padre Amaro”, é considerado, ao lado de Machado de Assis, como um dos maiores escritores em língua portuguesa do século XIX. Caracterizadas pelo realismo descritivo, suas obras têm sempre presente a crítica social. A cadeira nº 28 foi ocupada anteriormente por José Alcione Pereira, o Cabecinha, e está vaga desde a sua morte, em 02 de setembro de 2020.
Raquel Ferraro é graduada em Publicidade e Propaganda e MBA em Marketing e Vendas. Atualmente é docente no curso superior em Publicidade e Propaganda da Faculdade Max Planck (Indaiatuba), além de orientar estágios supervisionados na instituição. É autora ou coautora de dezenas de Atividades Práticas Supervisionadas (ATPS) que buscam promover a autonomia intelectual dos alunos e desenvolver habilidades cognitivas em diversas disciplinas dos cursos da área de Ciências Humanas.

ASLe celebra Dia do Livro com lançamento de nova antologia

A Academia Saltense de Letras (ASLe), com apoio da Prefeitura Municipal de Salto, realiza, no próximo dia 29, às 19h, na Biblioteca Municipal Prof. Valderez Antonio Bergamo Silva, o lançamento de sua nova antologia, denominada “É de sonho e de pó… – Reflexões inspiradas na pandemia de Covid-19 no Brasil”. O evento, gratuito e aberto ao público, é uma comemoração ao Dia Nacional do Livro.
Na obra “É de sonho e de pó…”, 24 autores, acadêmicos da ASLe, registram suas percepções, reflexões e esperanças diante do assombro trazido da pandemia de Covid-19. Ao revirar conceitos, revisitar referências, ler e reler escritos antigos e novos sobre a dimensão trágica da existência humana, adotou-se como inspiração a letra da canção “Romaria”.
A antologia apresenta um trabalho diversificado quanto a gênero e estilo, mas alinhavado pela mesma poética. Para tanto, os autores só precisaram dizer a si mesmos, como Renato Teixeira em seu celebrado poema: “Só queria mostrar meu olhar, meu olhar, meu olhar”.
Além da presença dos autores do livro, o evento contará com apresentação musical de viola caipira da dupla Rodrigo Sampaio e Rafael. Radicados em Salto desde os 5 anos de idade, os irmãos gêmeos são formados em violão erudito pelo Conservatório de Tatuí. A paixão pela viola caipira, no entanto, sempre esteve presente em sua carreira e, como dupla sertaneja, fizeram centenas de shows, gravaram CD e levaram o som da viola para quatro cantos do País, com repertório que vai do sertanejo raiz a composições de Renato Teixeira e Almir Sater.
“Apesar das inúmeras possibilidades sonoras e as várias caras que a viola caipira assume em cada região do Brasil, o objetivo na apresentação que faremos para a ASLe é demonstrar uma pequena parte de sua essência e possibilitar que o público aprecie o timbre singular desse instrumento”, afirma Rodrigo, que atualmente é professor de viola de 10 cordas.

Dia Nacional do Livro
Em 29 de outubro, é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida para lembrar a fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, no Rio de Janeiro, em 1810. Nesse dia, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e tornou-se a Biblioteca Nacional. Porém, o acervo chegou ao Rio de Janeiro antes, em 1808. Além de livros, havia manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.

Dia de levantar bandeira

LEVANTO POUCAS bandeiras, mas algumas carrego durante toda a vida.
No próximo dia 12 de outubro comemora-se o Dia das Crianças, que não foi criado como “dia de dar presentes”, mas para conscientizar a sociedade sobre os direitos das crianças e adolescentes.
Depois de aprovado o projeto de lei do deputado federal fluminense Galdino do Valle Filho, a data foi oficializada pelo Decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Ela não se tornou pop logo de cara. Tal qual no Natal, onde a Coca-Cola deu um reforcinho extra com o Papai Noel, o Dia das Crianças só ganhou popularidade nos anos 1960, a partir das ações da Fábrica de Brinquedos Estrela e da Johnson & Johnson, que criaram a “Semana do Bebê Robusto” para aumentar as suas vendas.
Foi assim que a conscientização sobre os direitos das crianças e dos adolescentes (quase) foi para o espaço. No mundo, a data é celebrada em 20 de novembro, em homenagem à aprovação da Declaração dos Direitos da Criança, em 1959.
Apesar da atenção mundial ao tema, milhares de menores são recrutados como guerrilheiros em conflitos armados, nas guerras e guerrilhas do Oriente Médio, África e, também, na América do Sul.
Recentemente vizinhos como Colômbia, Peru e Paraguai registraram casos de sequestros e resgates de crianças de acampamentos guerrilheiros, de adolescentes foragidos do recrutamento forçado, e até infiltrados nas Forças Armadas regulares.
Os meninos-soldados são arrancados de suas famílias e submetidos a treinamento militar com armas pesadas, para servirem a ideologias tanto de esquerda quanto de direita.
Também já vimos guerrilheiros mirins africanos, donos de uma crueldade sem precedentes que, seguindo o exemplo dos adultos, torturam e mutilam seus adversários.
Por aqui ainda não chegamos a tanto. Estamos em processo de ensino-aprendizagem, com o incentivo à aquisição de armas e munições, redução de impostos para essa categoria de “bens” e “abolição” do Estatuto do Desarmamento, que proíbe fabricação, venda, comercialização e importação de brinquedos que sejam réplicas e simulacros de armas de fogo.
Os resultados são espetaculares, como o mega assalto ocorrido em Araçatuba/SP, em setembro, onde 98 bombas foram localizadas nas ruas, bancos, em carros abandonados e em um caminhão deixado perto das agências bancárias, além das estratégias empregadas pela quadrilha, que utilizou reféns como escudos, deitados sobre os tetos dos carros.
Mas nada se comparara à inacreditável apresentação de um menino de 6 anos, diante do País, vestido com a farda da Polícia Militar de Minas Gerais, com uma arma de brinquedo nas mãos, numa cerimônia oficial em Belo Horizonte, sob aplausos da plateia.
A exibição do menor em tais condições foi denunciada por Organizações não governamentais (ONGs) e entidades em defesa dos direitos humanos ao Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, que alertou para a violação dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, e que os responsáveis serão criminalizados.
O Estado brasileiro tem o dever de proteger as crianças de serem expostas a quaisquer formas de violência. O estímulo ao uso de armas é entendido como um estímulo à violência, e não faz parte do cotidiano e da vida infantil.
Doze de outubro é o Dia das Crianças. Que tal darmos menos brinquedos e levantarmos uma bandeira pelo que realmente importa?

Designer saltense vence concurso para capa do novo livro da ASLe

O designer gráfico Caio Cesar Canovas foi o vencedor do processo seletivo para escolha da capa da nova antologia da Academia Saltense de Letras (ASLe), com lançamento marcado para 29 de outubro, Dia Nacional do Livro. Com o título “É de sonho e de pó… – Reflexões inspiradas na pandemia de Covid-19 no Brasil”, a obra vem sendo preparada numa parceria da ASLe com a Mirarte Editora desde maio deste ano.

O concurso para a capa, aberto a designers de todo o Brasil, foi desenvolvido no mês de julho. A escolha da sugestão vencedora foi feita por votação, na última reunião ordinária da Academia. Já sua arte final, contou com as contribuições de um Conselho Editorial formado pelos acadêmicos Anna Osta, Eloy de Oliveira, Marco Ribeiro, Marilena Matiuzzi, Mércia Falcini e Rose Ferrari.

Em sua composição gráfica, o design utiliza, ao fundo, uma fotografia autoral de Caio Canovas, na qual aparecem céu nublado, galhos de uma árvore que perdeu muitas folhas e uma máscara de proteção descartável. “São signos que remetem, ao mesmo tempo, à poética do título – sonho e pó, sem perder de vista a temática adotada para o livro – a pandemia”, explica o designer.

O título principal usa a fonte cursiva Richard Hamilton, com o objetivo de aproximar os autores de seu público com elegância, criatividade e simpatia, mesmo diante de um tema desafiador como a pandemia de Covid-19. A cor roxa, em textos e outros elementos gráficos da capa, é uma alusão à tristeza, à introspecção, ao mistério, à espiritualidade e à transmutação que marcam o período abordado na obra.

Escritora saltense lança livro infantil com vendas pela internet

A Mirarte Editora, com apoio da Academia Saltense de Letras (ASLe), realiza no próximo dia 6 de agosto, às 19h, a live de lançamento do livro “Que bicho é esse? – Aventuras pelo curioso mundo animal”, de Dami Pacheco – nome artístico adotado pela escritora saltense Maria Damien Ignácio Pacheco. Para participar da live, basta fazer inscrição pelo link https://is.gd/LiveDamiPacheco.

A obra, com ilustrações de Beto Nascimento, reúne oito contos infantis nos quais a autora apresenta, de forma lúdica, animais silvestres de espécies menos conhecidas do público, além de conhecimentos em Geografia, Biologia e Meio Ambiente, como ciclos da natureza, clima, vegetação e cadeia alimentar. Com graça e delicadeza, transita por temas como família, comunidade, trabalho coletivo e aprendizado, sendo o maior deles a percepção de que o ser humano deve rever sua postura diante da natureza.

Dami Pacheco é membro fundadora da ASLe

Com 68 páginas, o livro é um estímulo à leitura para crianças recém-alfabetizadas ou mesmo à literacia familiar. Conta ainda com dez desenhos no estilo line art para serem coloridos pelos pequenos leitores.

Dami Pacheco é professora e escritora. Lecionou por muitos anos na Escola Estadual Professor Cláudio Ribeiro da Silva, em Salto/SP. Foi coordenadora de mostras estudantis de teatro e escreveu inúmeras peças, histórias infantis, poemas, crônicas e contos. É autora também dos livros “Un Dolce Ricordo… – História da Associação Italiana Giuseppe Verdi de Salto – 1903-2013” (bilíngue) e “Sintonia de Almas”, em parceria com Anna Osta, Lázaro Piunti e Maria Christina Noronha Liberalesso.

A autora integra a Associação Italiana Giuseppe Verdi, o Instituto de Estudos Vale do Tietê (Inevat), o Grupo Vocal Vitta Bella e a Academia Saltense de Letras (ASLe), sendo membro-fundadora e titular da cadeira acadêmica número 15, que tem como patronesse Benedita de Rezende.

Na live de lançamento haverá sorteio de dez exemplares do livro “Que bicho é esse?” entre os participantes. Logo depois, a obra estará à venda por R$ 28,90, pelo sistema POD (Print On Demand), nos mais importantes marketplaces do País, entre eles Amazon, Submarino, Magalu, Americanas, Estante Virtual, Mercado Livre e Shopee Brasil; neste último com frete grátis.