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Inscrições abertas para o XXXI Prêmio Moutonnée de Poesia

As inscrições para o XXXI Prêmio Moutonnée de Poesia já estão abertas. É possível inscrever-se diretamente pelo site além de conferir todo o regulamento da nova edição do prêmio. Neste ano, em sua 31ª edição, o prêmio de poesia mais tradicional do país traz o tema Cresço e poetizo, explorando as possibilidades da metapoesia.

História – Criado em 1990 pelo jornalista Oséas Singh Jr., então Diretor da Cultura do município de Salto – SP, o prêmio nasceu celebrando o tombamento do Parque da Rocha Moutonnée pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo.

Escritor Antônio Valini luta para driblar a intensidade ferrenha em tudo que faz

Autor de ‘Ética e o Ensino da Ética’, um estudo profundo da formação educacional e da transmissão de valores fundamentais, ele diz estar em busca do equilíbrio entre a vida pessoal e a vida  profissional

O escritor, professor, gestor de marketing e jornalista Antônio Carlos Valini

 Intensidade é a palavra que melhor define o professor, gestor de marketing, jornalista e escritor Antônio Carlos Valini, Cadeira 10 da Academia Saltense de Letras, patrono Jota Silvestre. E isto é uma preocupação para ele. O escritor aproveita o seu aniversário, na quarta-feira 22 de março, para refletir sobre uma busca, cada vez maior, do equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional. Afinal, ele mesmo admite que o profissional tem roubado mais do seu tempo.

E não é para menos: hoje Antônio Valini se divide no profissional entre a coordenação de oito cursos superiores na Unianchieta, a consultoria em comunicação e marketing em três grandes corporações, a participação no Conselho Municipal de Políticas Culturais da Prefeitura de Salto e a composição das diretorias do Clube dos Casados e da Academia Saltense de Letras, o que tira boa parte do tempo com a esposa, o filho, a mãe e os amigos.

Na tentativa de reequilibrar essa balança, o escritor decidiu suspender temporariamente a matrícula que havia feito no começo de 2023 no curso de Direito. “Optei por esperar um pouco mais até a conclusão do Pós-Doutorado que já estou em curso para ampliar as experiências vividas ao lado da Julyany, minha esposa; do meu filho Lorenzo e da minha mãe Amélia e amigos”, diz. O grande problema para ele é que tem intensidade ferrenha em tudo que faz.

 

Sem arrependimentos

Mas, se não tem conseguido reequilibrar o tempo com as múltiplas atividades, Antônio Valini não tem nada hoje que gostaria de ter feito e não fez. “Invisto o meu tempo pensando em tudo o que farei a curto prazo”, avisa. E mesmo a sua característica desde a infância de ser um curioso por natureza, o que toma tempo, o impediu de realizar tudo a que se propôs. Ele diz crer que a curiosidade junto da iniciativa e do otimismo transformam o mundo.

“Minha relação com a leitura e com a escrita começou bem cedo. O tempo de estudar era centrado na memorização, no traço das letras e nas leituras. Lembro-me da chegada das datas comemorativas, quando deixávamos a escola bonita, correndo atrás de imagens de mães, pais, crianças, e pensar no tipo e cor da letra para um cartaz que levávamos para a professora. Até hoje minha rotina é voltada a estudar, mas leio menos literatura do que queria”.

Para o escritor, tudo se moldou ao longo do tempo. “Salete Stecca, Irmã Rosa, Renata Begossi, Neusa Garavello, Marly Fabri Panossian e Mildred Ravizza, estes são os nomes das professoras de série e de português (além de todos os professores das outras disciplinas) que me orientaram desde a pré-escola até o ensino médio”. Ele diz que o curso de jornalismo foi o corolário de toda essa admiração pela leitura e pela escrita que o acompanharam desde pequeno.

“Eu não consigo acreditar em uma existência sem sonhos. Enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança. Busco, portanto, nos sonhos, a razão para seguir e esperançar. Realizo-me quando posso me dedicar aos amigos e familiares. Realizo-me quando estou cansado ao final de um trabalho bem-feito. Realizo-me quando me relaciono bem. Realizo-me quando percebo que consegui dividir o fardo e chegamos juntos ao nosso destino”, define.

 

Livro foi marco

A publicação do livro “Ética e o Ensino da Ética” foi uma realização que entusiasmou Antônio Valini devido à dedicação que ele teve nesse trabalho. O livro surgiu de uma pesquisa profunda, realizada para o Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Unicamp, entre 2016 e 2019. “Um livro publicado é uma mensagem de amor, um libelo da sensibilização, um apelo à razão e de reiteração da importância da dignidade humana”.

Sempre atento a todas as informações 

Na visão do escritor, a educação é a prática social da identidade humana. “Não nascemos prontos. Somos engendrados como humanos no longo, cumulativo e grandioso processo histórico de definir a ontologia do ser humano, singular e coletivamente, a partir das práticas educacionais e sociais. Educar é igualmente humanizar, fazer-se pessoa, constituir-se como humano. Já a Ética é a investigação criteriosa sobre os valores que projetamos”.

Nesse sentido, ele entende e mostra no livro que os seres humanos necessitam transmitir, a cada geração, um conjunto de valores, de indicações de condutas, de consensos axiológicos, que se expressam numa atmosfera espiritual e cultural, e que se mostram basilares na coesão da sociedade e na manutenção do humano em cada um. A ética é a expressão do sentido e do agir moral, portanto, a ética é igualmente uma prática social”.

Outra parte importante da obra “A Ética e o Ensino da Ética” diz respeito à criteriosa discussão sobre a ensinabilidade da ética, entende Antônio Valini. “O ensino da ética é um dos grandes desafios postos pela emergente transformação do papel da educação e da escola em nosso país, das novas tecnologias digitais na educação, nas emergentes plataformas de pesquisas e de formação de profissionais e de educadores, entre outros”.

 

Em apresentação durante evento na ASLe 

Papel da educação

A tarefa de ensinar exige uma intencionalidade muito convincente, afirma o escritor. “Depois de trilhar o caminho acadêmico, desde 2003, vivenciando as práticas de sala de aula na graduação e pós, orientações de trabalho de conclusão de curso, orientações a estágios e coordenações de curso nos últimos 11 anos, cheguei a um momento em que a escolha por um trabalho investigativo constitui uma escolha de plenitude de vontades e de escolhas”.

Como aborda no livro, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, promulgado em 2003 e depois ampliado em 2013 e 2018, carrega a possibilidade de vir a ser uma nova prática de convivência e de reconhecimento ético da diversidade da sociedade e das prerrogativas fundamentais de igualdade de gênero, etnia, cultura etc. Para ele, a questão da ética e dos direitos humanos dentro da educação constitui um tema extremamente atual.

Depois de todo o conhecimento que adquiriu para a produção do livro “A Ética e o Ensino da Ética” e para desempenhar todas as funções que exerce, Antônio Valini quer reproduzir com sua família, hoje, o cuidado que tinha com a mãe Amélia, quando ia buscá-la na antiga Brasital. “O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria com a vida e com os humildes, como disse Cora Coralina. A certeza é que cresço, quando escrevo”, reforça ele.

Dois acadêmicos têm obras em nova biblioteca de autores do Interior de SP

Escritor Ignácio de Loyola Brandão proferiu palestra na inauguração da biblioteca

Somente dois escritores de Salto estão entre os 350 autores de diversas regiões do estado de São Paulo que tiveram suas obras inclusas no acervo da nova “Biblioteca Culturando Flamboyant das Artes”, inaugurada sábado (18), em Jumirim/SP. São eles Anna Osta, com seus livros “Peninha”, Crescer na Terra do Nunca” e “Betsy”, e Rafael Barbi, com a obra “Festejos, Liberdade e Fé”. Ambos são membros da Academia Saltense de Letras (ASLe).

A nova biblioteca é resultado de um projeto contemplado em 2022 pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e marca os 15 anos de atividade da associação Culturando, uma instituição sem fins lucrativos com o objetivo de promover o desenvolvimento da cultura da cidade de Jumirim e região.

A biblioteca é a primeira do estado de São Paulo com acervo formado exclusivamente por autores nascidos em cidades do interior. Instalada em um prédio cercado pela natureza, o espaço também será destinado a eventos, encontros culturais e ações de incentivo à leitura, com grande parte das atividades podendo ocorrer ao ar livre, em frente à biblioteca, debaixo do magnífico flamboyant que inspirou a denominação do espaço (Rua Célio Roberto Faulim, 852 – Bairro Água de Pedra – Jumirim/SP).

Quem visitar a biblioteca encontrará obras de ilustres escritores nascidos no interior, como Ignácio de Loyola Brandão (de Araraquara), Walcyr Carrasco (de Bernardino de Campos), João Anzanello Carrascoza (de Cravinhos), Cornélio Pires (de Tietê) e Monteiro Lobato (de Taubaté), além de títulos de uma nova safra de autores interioranos que se inscreveram a partir do chamado realizado pelo Culturando e tiveram suas obras selecionadas segundo os critérios do projeto.

A festa

O evento de inauguração contou com a presença do escritor Ignácio de Loyola Brandão, vencedor de cinco prêmios Jabuti e ocupante da 11ª cadeira da Academia Brasileira de Letras. Recebido sob muitos aplausos, Brandão falou para os escritores, numa palestra digna de seus 86 anos e sua carreira brilhante. Depois, fez uma sessão de autógrafos do seu novo romance “Deus, o que quer de nós?”.

Pablo Civitella, diretor e idealizador do projeto Culturando, disse que os artistas, especialmente os do interior, ainda não têm o reconhecimento necessário. “Quando a gente diz que é da Cultura, as pessoas costumam perguntar: mas você trabalha em quê?”. Destacou que trabalha para que a Cultura seja valorizada como um dos segmentos mais importantes da Economia Criativa.

O evento teve ainda apresentações do grupo Choro e Prosa e da dupla sertaneja Pedro Massa e Fábio Tomazela, além da declamação do poema “Não é tempo de poesia”, de Mayara Beami, por Dieferson Gomes, e sessão de autógrafos da antologia “Contos do nosso interior”, organizada pela escritora Samanta Holtz e publicada pelo Culturando.

6ª Semana Cultural Ettore Liberalesso vai discutir o jornalismo e a literatura

O professor doutor Alfredo Attié, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, um dos palestrantes

Em sua 6ª edição e agora em um formato mais curto de quatro dias, a Semana Cultural Ettore Liberalesso de 2023 vai discutir o jornalismo no interior e os obstáculos à produção literária. “Queremos dar visibilidade para o lado jornalístico do Ettore e o que tem impactado a nossa produção como escritores hoje”, destaca a presidente da Academia Saltense de Letras, promotora do evento, Anita Liberalesso Néri, que também é filha do homenageado.

A Semana Cultural Ettore Liberalesso foi criada para imortalizar o nome do escritor, historiador e jornalista Ettore Liberalesso, um dos fundadores da Academia, em 2008, e o seu primeiro presidente, que escreveu mais de mil relatos sobre a história de Salto e das pessoas que viveram esses momentos, além de seis livros que falam da história, da vida, das tradições, das ruas e das famílias saltenses e da sua própria história de vida em uma autobiografia.

Neste ano, o evento de abertura será uma mesa redonda na noite do dia 29 de março para discutir os desafios contemporâneos da imprensa no interior. O debate será mediado pela jornalista Mirna Bicalho, que comanda o programa de entrevistas “Lado a Lado” e contará com os jornalistas Rose Ferrari, editora chefe do jornal Mais Expressão, de Indaiatuba, e Eloy Oliveira, editor responsável pelo jornal Primeira Feira, de Salto, ambos da Academia, e Rodrigo Augusto Tomba e Henrique da Silva Pereira, ambos professores do Ceunsp, que sedia o evento e apoia realização da semana.

No dia seguinte haverá uma palestra intitulada “A Liberdade de Expressão do Escritor e o Direito”, com o professor doutor

, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, que falará sobre os embates entre a produção literária e a justiça. No dia 31, dia do aniversário de nascimento de Ettore, que faria 103 anos se estivesse vivo, haverá uma missa em sua homenagem e em homenagem aos acadêmicos falecidos ao longo dos 15 anos de A Academia.  A entidade já perdeu metade dos seus 16 fundadores.

O último dia da Semana Cultural Ettore Liberalesso, 1º de abril, contará com um evento denominado “Café com Palavras”, que discutirá o que é possível dizer sobre alguém em uma biografia e nas autobiografias. O tema será explorado pelo professor doutor Fabiano Ormaneze, doutor em linguística pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, cuja tese tratou do discurso biográfico sobre os personagens políticos brasileiros.

O Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, um dos locais de palestra

 CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

 

Semana Cultural Ettore Liberalesso 2023

De 29 de março a 1º de abril

Jornalismo e Literatura: do factual ao ficcional

 

DIA 29/03 – Abertura

19h30 – Ceunsp

Mesa Redonda – Os desafios contemporâneos da imprensa no interior

Mediador – Mirna Bicalho (jornalista convidada)

Participantes –   Rose Ferrari e Eloy de Oliveira (ASLe) e Rodrigo Augusto Tomba e Henrique da Silva Pereira (Ceunsp)

 

DIA 30

19h30 – Ceunsp

Palestra  – A liberdade de expressão do escritor e o Direito

Convidado – Professor Dr. Alfredo Attié

Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP), graduado em Direito e em História na Universidade de São Paulo (USP); Mestre em Direito e Doutor em Filosofia pela mesma instituição. O magistrado é autor das obras “A Reconstrução do Direito” e “Montesquieu”. Presidente da Academia Paulista de Direito, onde e coordena a “Polifonia: Revista Internacional da Academia Paulista de Direito.

 

DIA 31

7H – Missa em homenagem ao fundador da Academia Saltense de Letras, Ettore Liberalesso  e aos acadêmicos falecidos – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat.

 

Biblioteca Municipal sedia o “Café com Palavras”, que encerra a semana

DIA 1º

9h – Café com palavras – Biblioteca Municipal

Sujeito de palavra: entre a verdade e a ficção do ser

O que é possível dizer sobre alguém em uma (auto)biografia? O que o sujeito consegue dizer de si a um outro, seja o leitor, o biógrafo ou ao ser que se expressa e se constitui nas palavras colocadas em papel? Verdade e ficção se cruzam em escritas, em expectativas e em sentidos. Neste encontro, vamos tratar de questões como essas. O que se mostra e o que se oculta na verdade de uma narrativa?

Convidado – Professor Dr Fabiano Ormaneze

Doutor em Linguística, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com tese sobre o discurso biográfico sobre políticos brasileiros. Mestre em Divulgação Científica e Cultural pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (LabJor), da mesma universidade, com dissertação sobre o discurso biográfico sobre cientistas. Especialista em Jornalismo Literário, pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL). Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC-Campinas.

 

Realização – Academia Saltense de Letras

Apoio – Ceunsp

Patrocínio – Instituto Central de Direito e Educação

Com professores Especialistas, Mestres e Doutores, sob a coordenação do Professor Romeu Bicalho, Doutor em Direito pela PUC-SP, Pós-Doutor pela Universidade de Coimbra-Portugal, o ICDE oferece cursos de excelência, com foco na prática, mas sem descuidar do conhecimento teórico que lhe dará consistência no exercício da sua profissão, para além da mera técnica

O Instituto Central de Direito e Educação fica à Rua Quintino Bocaiúva, 167 – Centro, Salto – SP – (11) 9 7247 6363

Rafael Barbi pesquisa a história e as vozes regionais para novo livro

O acadêmico Rafael Barbi, que é um apaixonado pela história

Escritor e historiador, titular da Cadeira 25 da Academia Saltense de Letras, ele prepara nova obra com o tema, que deverá ser lançada ainda este ano

O escritor e historiador Rafael Barbi, Cadeira 25 da Academia Saltense de Letras, patrono Mário de Andrade, vai escrever sobre a história regional dentro da sua preparação para o doutorado. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo, ele diz que há muitas histórias e vozes para apresentar às pessoas a partir de uma visão mais acurada de Salto e das cidades da região.

Em seu primeiro livro, baseado na dissertação de mestrado, intitulado “Festejos, Liberdade e Fé”, publicado pela editora Viseu, o escritor, que aniversariou na sexta-feira (24), já enveredou pela busca de informações ligadas à história e às vozes da sociedade, um trabalho que o gratifica por ter uma paixão desde criança pela descoberta e pelo conhecimento como forma de crescimento.

Rafael Barbi afirma que o que o realiza hoje é conseguir dar um sentido social para a sua profissão de historiador, tanto através do ensino, como também ao dar voz por meio das pesquisas ou exposições que faz. Ele pretende continuar esse trabalho com intensidade e só lamenta não ter podido ficar mais tempo trabalhando na área no Museu Municipal de Salto.

“Acho que a minha vida hoje é muito parecida com a de qualquer adulto da geração dos anos 90 (ele nasceu em 1991): vivemos uma certa dose de incertezas, mas depois verificamos que no fim mostra algo que vale muito a pena”, diz o escritor ao analisar os desafios que vão se colocando dia após dia e como pretende seguir no caminho da sua profissão e da literatura em geral.

Ele tem como norte que vai auxiliar no desenvolvimento das produções sobre história local e dar mais espaço para as instituições de memórias do interior do Estado. “Isto é o que eu pretendo fazer ainda no mundo literário e a Academia Saltense de Letras me permite me aventurar por essa vertente por podermos discutir internamente esses temas com mais profundidade”.

Nascido em Salto, Rafael Barbi foi uma criança prematura, menor, mas cresceu e se desenvolveu bem a partir do Jardim Três Marias, onde mora com a família até hoje. Estudou nas escolas tradicionais de Salto, como Cláudio Ribeiro da Silva e Tancredo do Amaral. Depois fez Etec Fernando Prestes, em Sorocaba, e a Universidade de Sorocaba, passando ainda pela Federal de São Paulo.

Nova história de Eloy Oliveira fala do amor na pandemia

Em seu próximo livro, o escritor vai abordar o romance entre um casal de jovens de Salto que sobreviveu à doença

O escritor, poeta e jornalista Eloy Oliveira prepara um novo romance que deve ser lançado ainda neste semestre. Titular da Cadeira 31 da Academia Saltense de Letras, patrono João Cabral de Melo Neto, ele diz que a história fala de um casal de jovens de Salto reunido por causa da pandemia da Covid-19 e que sobreviveu a ela.
“Quando estive confinado por causa da doença não parei de escrever. Foi uma produção intensa, porque tinha tempo de sobra. Escrevi poesias, crônicas, contos e até essa história”, diz ele. O romance foi produzido para participar de um concurso em Portugal, mas foi encostado depois de não vencer a competição.
O autor conta que a organização queria um texto que fosse além do que se vivia à época da pandemia. “Não tínhamos ainda as vacinas e sequer sabíamos no que aquilo tudo ia dar. A ideia era produzir um destino para a humanidade. Gostei da iniciativa. Imaginei uma vacina, claro, que salvava todo mundo depois de muita luta”.
Mas o resultado não agradou aos jurados. “Talvez eles quisessem algo mais improvável. O meu romance acabava com a vacina”. Eloy Oliveira conta que esqueceu a história até uma editora o convidar a lançar um romance. “Eu não tinha nada que se encaixava. Lembrei do texto. Criei outro início e outro final. Aí a história se consolidou”.
O livro está em revisão final. Além do fato de ser uma história ungida da pandemia, o autor, que faz aniversário na quarta-feira (22), diz que a produção tem outro detalhe: o livro se chamaria “Valentina”, mas durante a preparação nasceu a sua primeira neta e ele resolveu homenageá-la. Por isso, o livro se chamará “Catarina”.
Eloy Oliveira já lançou 18 livros como autor individual e em parceria com outros autores. Seu último livro é uma parceria com 27 integrantes da Academia Saltense de Letras e se chama “Natureza, eu, tu e ela”. O último livro individual é “A menina do casarão branco”. Ambos foram lançados em 2022.
A carreira de escritor começou aos 17 anos, quando venceu um concurso de redação com o conto “Num Jardim Domingo à Tarde”, responsável por levá-lo ao jornal mais antigo de Salto na época: o “Trabalhador” e a fazê-lo mudar de profissão, deixando a eletricidade, eletrônica e eletrotécnica para ser jornalista.

Só a educação muda a vida das pessoas, afirma Toni Tordivelli

Vicente Leite de Senna, pai da escritora Toni Tordivelli

Titular da Cadeira nº 8 da Academia Saltense de Letras, ela contou aos acadêmicos, no Momento Literário, sábado (4), a história do pai

 

“Meu pai foi o deficiente mais eficiente que conheci. Ele não andava. Ele voava. E me puxava com ele para voar também”, assim a escritora Toni Tordivelli, Cadeira nº 8 da Academia Saltense de Letras, patrono Gonçalves Dias, definiu o pai, Vicente Leite de Senna, que foi o tema da sua palestra no “Momento Literário” da primeira reunião ordinária do ano dos acadêmicos, sábado (4), na Biblioteca de Salto.

Toni Tordivelli se emocionou ao lembrar do esforço do pai para que ela conseguisse tudo na vida. Vítima da poliomielite, ele tinha dificuldade motora no braço e na perna, mas não se abalava com isso. Dizia que fora um vento que teria entrado por uma fresta de janela e o deixara com gripe. Depois a gripe não sarara direito e teria causado a dificuldade. “Tudo na vida depende da vontade de ser feliz. Ele me ensinou isso”, diz ela.

A conversa com a escritora era para falar dos seus livros “Bom Dia, Faces”, série de crônicas do cotidiano que já está no terceiro volume, mas ela escolheu falar de superação para contar a história do pai e homenageá-lo, pois, sempre enalteceu nas suas crônicas a mãe, Dona Mariquinha, contando as aventuras dela, uma mulher que não seria uma peça, mas o teatro todo, como brinca parafraseando Paulo Gustavo.

 

Toni Tordivelli: Superação e recomeço 

Toni Tordivelli: Não quero ser espectadora

Toni Tordivelli: Professora de inglês de três gerações 

 

 

Única e adorada

Vicente Leite de Senna casou-se com Dona Mariquinha depois do primeiro casamento dela e teve apenas a escritora como filha. Embora tenha se tornado pai dos filhos do primeiro casamento da mulher, o pai de Toni Tordivelli a venerava e a enaltecia como se ela fosse a única, uma verdadeira heroína dos romances de então, como ela definiu na sua fala, o que significou receber mimos e todos os esforços dele.

O pai da escritora vendia bilhetes de loteria, mas nem sempre vendia todos os bilhetes. Só que nunca ficou com um premiado. “Ele dizia que vendia a sorte aos outros. Depois dizia que eu era o bilhete premiado dele. Quando ia visitá-lo depois de casada, ele dizia: Sabia que você viria. Como sabia, eu perguntava e ele explicava que tinha visto uma atriz na tevê. Aí eu perguntava: Pai, que atriz é essa? Ele dizia: Elizabeth Taylor”.

A escritora lembra que ria muito dessa comparação. “Meu pai me adorava”. Mas ela reforça que nunca quis receber as coisas de mão beijada. “Não quero ser espectadora na vida. Quero participar. Meu pai entendeu isso e me puxava com ele para crescer. Eu dizia para ele que queria viajar, conhecer o mundo. Ele dizia que não tinha dinheiro para isso, mas que um dia eu iria realizar o meu sonho. Ele me ensinou que, além de foco, tudo tem superação e recomeço”.

 

Momento Literário, criado pela nova diretoria, na primeira reunião do ano

Saída pela educação

Para ela, essas lições estavam nele. “Minha origem é pobre. Vivia com meus pais em Bauru, onde nasci. Um dia o prefeito, seu Nicolinha, ofereceu uma bolsa de estudos no Colégio São José e meu pai ficou na fila de madrugada para me inscrever. Graças ao esforço dele, eu fui uma das três que ganharam a bolsa. Estudei letras e inglês lá e me tornei a professora de uma geração inteira, porque em Tanabi, onde fui morar depois de casada, tinha só três escolas”.

A escritora se recorda que seu pai sempre dizia que só se muda uma vida pela educação e afirma que foi por meio dela que sua vida mudou. Da menina pobre que não tinha muita esperança, ela já viajou o mundo, conheceu países em todos os continentes e afirma ter realizado tudo o que sonhou. “Estudei, falo inglês, morei fora, me casei com um antigo namorado de 62 anos atrás. Tenho filhos, netos, bisnetos. Sou feliz”.

Se a mãe, Dona Mariquinha, inspirou crônicas que se tornaram a série de três livros intitulada “Bom Dia, Faces”, com o relato sobre a história do pai, ela demonstrou que é possível produzir mais livros contando o outro lado. Toda a trajetória de vida de Vicente Leite de Senna, vivida entre Bauru e Tanabi, esta última onde ele e a mulher Maria Sampaio, a Dona Mariquinha, morreram, dá outros três volumes.

 

Acadêmicos Romeu Bicalho, Jorge Duarte Rodrigues e Décio Zanirato Júnior observam a fala de Toni Tordivelli

Nova série

Foram essas as impressões deixadas por Toni Tordivelli aos acadêmicos. A presidente da Academia, Anita Liberalesso Nery, Cadeira nº 11, patrono Odmar do Amaral Gurgel, destacou a importância do relato dela para os acadêmicos. “Sua história nos inspira”. O presidente emérito da Academia, Antônio Oirmes Ferrari, Cadeira nº 7, patrono Machado de Assis, ficou admirado ao ver que Toni não se intimidou ao falar da pobreza.

Rose Ferrari, Cadeira nº 38, patrono Mário Quintana, falou do envolvimento da escritora com a rede social aos 78 anos. “Toni consegue transformar um público de rede social em seu seguidor para falar de literatura. Isso é muito importante”. O acadêmico Francisco Moschini, Cadeira nº 23, patrono Euclides da Cunha, destacou a clareza de ideias da escritora e o seu foco para crescer e se desenvolver.

Jorge Duarte assume curadoria das obras incompletas de Valter Lenzi

Escritor titular da Cadeira nº 6 da Academia de Letras, falecido em dezembro, deixou três livros praticamente prontos para o lançamento

O escritor Valter Lenzi ao lado de Jorge Duarte, uma amizade de mais de 40 anos

Titular da Cadeira nº 6 da Academia Saltense de Letras, se estivesse vivo, Valter Lenzi faria 82 anos na quarta-feira, 25 de janeiro. Mas a sua partida prematura, em 14 de dezembro de 2022, não impediu que a sua produção literária continuasse viva. Um pouco mais de um mês da sua morte, três livros do escritor chegam à fase final de elaboração para serem lançados.

O também acadêmico Jorge Duarte Rodrigues, Cadeira nº 29, patrono Pablo Neruda, amigo de mais 40 anos de Valter Lenzi, assumiu a tarefa de fazer a curadoria dos livros, já que conhece bem o trabalho do escritor, o acompanhou em parte das pesquisas para a elaboração e já estava encarregado pelo próprio autor de fazer a revisão final para as publicações.

“Parece simples pegar três obras praticamente prontas e lançá-las à edição, mas confesso que fiquei preocupado quando assumi esse trabalho. Afinal, o conteúdo pesquisado pelo Valter é profundo e tem todo o seu jeito pessoal de apurar os fatos. Valter era minucioso, detalhista e rigoroso com tudo: datas, números e nomes e eu tenho de ser fiel a isso”, disse ele.

Mesmo assim, Jorge Duarte diz que ficou entusiasmado com a tarefa. “É uma forma de homenagear o nosso querido amigo. O tempo passa, mas ainda não consigo acreditar completamente que ele se foi. Fazer esse trabalho me traz muito do Valter. Espero que ele fique muito contente, onde estiver, com o resultado que vamos produzir”.

Um dos livros que será lançado sobre nomes de ruas e logradouros

Primeira obra

O primeiro dos três livros recebeu o título de “Vias Públicas Saltenses e Logradouros Públicos Municipais”. Fruto de um trabalho de pesquisa de vários anos, o livro traz um histórico completo das vias. Tem nome com foto ou imagem correspondente à identificação de cada rua, praça, piazza, alameda e travessa de Salto, com denominações até os dias atuais.

Além disso, o livro trará denominações de postos de saúde, Cemus (escolas infantis), museu, campos de futebol, centros e áreas de lazer, creches, unidades diferentes de Cemus de educação infantil, que foram conseguidos, assim como as das vias, junto à Comissão de Nomenclatura de Ruas da cidade, entidade da qual Valter Lenzi foi um dos principais membros.

Assim como no caso do segundo livro em fase final de produção, “O Cinema de Salto”, a Prefeitura local se comprometeu a custear a edição e o lançamento. Jorge Duarte manteve contato recentemente com o vice-prefeito Edemilson Pereira dos Santos (Podemos), que reforçou a decisão do custeio, já que são obras de interesse histórico e que apresentam a história de Salto às futuras gerações.

Outras obras

O livro “O Cinema de Salto” conta também com o acompanhamento do secretário de Cultura da Prefeitura, Oséas Singh Júnior, profundo conhecedor do tema, tendo inclusive escrito obras de sucesso na área, como “Adeus Cinema”, sobre a vida e obra do ator saltense Anselmo Duarte, único brasileiro a conquistar a Palma de Ouro, um dos mais importantes prêmios do setor.

Sobre essa obra, chegou às mãos de Valter Lenzi um material valiosíssimo guardado por Antonio Marcos Almeida, filho de João de Almeida, proprietário de um dos cinemas mais famosos que Salto já teve, o Cine Rui Barbosa, que mais tarde se chamaria Cine São José.

O acervo cinematográfico em questão tratava de uma pesquisa sobre o surgimento do cinema na cidade, detalhes de exibições, reprodução de cartazes das películas, recortes de toda divulgação feita em jornais que circularam em Salto desde o início do século passado, acontecimentos curiosos nas salas de espetáculos, etc.

Valter Lenzi, então, de posse desses documentos aliados a relatos feitos por Antonio Marcos, organizou cronologicamente todo o material e é autor do texto final sobre a obra.

A terceira obra em fase final de produção é o volume três da série de biografias elaboradas pelo escritor e cujos volumes 1 e 2 foram lançados em vida ainda. Intitulado “Quem Foi Quem – Saltenses Que Merecem Ser Lembrados” traz várias histórias da vida de saltenses ou pessoas que escolheram Salto para viver e que marcaram a sua trajetória na cidade.

Outro livro que será lançado em breve e que Valter Lenzi deixou praticamente pronto

65 anos de jornal – O saltense Valter Lenzi se dedicou por 65 anos ao jornalismo, sua atividade mais constante desde o início, embora tenha atuado em paralelo como escritor e historiador, além de cronista. Esta última faceta da sua produção deve gerar um quarto livro póstumo ainda, que se juntará aos 17 que ele produziu em vida, reunindo as últimas e mais importantes crônicas da cidade.

“No que depender de mim, da família Lenzi e da própria Academia Saltense de Letras, a memória de Valter Lenzi será sempre mantida, pois ele deixou um legado importante a todos nós, jornalistas, escritores, cronistas e amigos, que não pode se perder por falta de divulgação ou de preservação das suas obras”, disse Jorge Duarte, que já faz esse trabalho no jornal.

Valter Lenzi foi também um dos fundadores do Jornal Taperá, o mais antigo em atividade em Salto, com 58 anos de vida, mas começou como apresentador de dois programas esportivos da antiga rádio Cacique, de Salto. Depois trabalhou no jornal “O Liberal”, que foi descontinuado para o lançamento de Taperá, primeiro como revista e focado no colunismo social e depois como jornal.

Escritora Toni Tordivelli afirma que sua paixão é contar histórias

Professora de profissão, ela escreve crônicas diariamente e prepara um novo livro com as histórias da sua infância

 

A escritora Toni Tordivelli, que também é professora e que se considera realizada

 Titular da cadeira 8 da Academia Saltense de Letras, patrono Gonçalves Dias, a bauruense Toni Tordivelli se considera uma contadora de histórias, principalmente as que envolvem as aventuras da sua mãe, Dona Mariquinha, que foi, segundo ela, à frente do seu tempo: “Ela não era só uma peça, mas o teatro todo”.

A primeira dessas aventuras, que ela conta se divertindo ao estilo da mãe, foi o próprio nascimento. “Nasci à meia-noite entre os dias 12 e 13 de janeiro de 1945. Poderia ser qualquer um dos dias a data do meu nascimento, mas minha mãe escolheu 13”. E ela veio ao mundo ainda pelas mãos da avó materna Maria Antônia Sampaio.

Famosa como parteira em Bauru, a avó era uma portuguesa que tinha vindo da Ilha da Madeira e sabia como fazer partos. Toni conta que seu pai ficou tão feliz com o nascimento que ofereceu bolinhos de miolo para amigos a fim de comemorar. “Como característica da época, minha mãe disse que eu era um bebê muito alegre”.

A alegria seguiu com ela pela vida e pode ser entendida por uma frase que a escritora faz questão de repetir: “Dizem que a gente nunca realiza todos os sonhos, pois eu não concordo. Realizei tudo o que sonhei na minha vida. Estudei, falo inglês, morei fora, me casei com um antigo namorado há 62 anos. Tenho filhos, netos, bisnetos”.

Toni Tordivelli conheceu países em todos os continentes. O único lugar que não quis conhecer foi o Ártico, porque não gosta de frio. “Amo viajar e conhecer pessoas e lugares”. Para ela, as viagens trazem conhecimento e cultura e ajudam na hora de escrever ou de contar as histórias para as outras pessoas que não foram.

Hoje a escritora se dedica a escrever uma crônica diária para a rede social, de onde saiu o livro “Bom dia, Faces”, que já está no terceiro volume. “São crônicas do cotidiano”. Ela ainda quer resgatar a infância em outro livro de crônicas. “Quero mostrar como cresci e como superei as dificuldades que foram aparecendo”.

A escritora cresceu em uma casa da Rua Batista de Carvalho, em Bauru. Aos 6 anos teve de se mudar para um cortiço. A paixão pela literatura a ajudou. “Fazia redações e trabalhos de português em troca de panos de amostra dos bordados que tinha de fazer” e, com isso, passou a divulgar os seus trabalhos literários.

Se não costurava (“Até hoje não sei nem pregar um botão”), a infância pobre a fez se esforçar mais. Graças ao empenho do pai Vicente Leite de Senna, que madrugava na fila do então prefeito Nicolinha, ela conseguiu uma bolsa para estudar no Colégio São José, que era um dos mais importantes de Bauru na época.

Chegou à Faculdade Sagrado Coração de Bauru, onde fez letras com inglês. Depois fez pós em administração e o curso Proficiency in english na Universidade do Michigan. Formada, deu aulas e escreveu uma “Green Card Your Link With The World”, que é uma gramática em inglês para o ensino médio com exercícios e textos.

Aos 78 anos, a escritora diz que agora sua preocupação é procurar fazer atividades que a ajudem a se manter lúcida. Por isso ela lê muito, principalmente os clássicos. “Amo reler os clássicos. Devoro livros de suspense e biografias. Gosto de livros de história e de cultura de outros países e lugares”, conta.

Quando não está lendo ou escrevendo, Toni Tordivelli visita os filhos e netos espalhados pelo mundo, onde aproveita para conhecer restaurantes e de vez em quando ainda faz palavras cruzadas em português e em inglês e borda vagonite em fita. Por fim, não deixa de participar de reuniões ligadas à sua profissão.

Marco Ribeiro se prepara para lançar ainda este ano um livro de crônicas

‘Um Dedinho de Prosa’ vai trazer os melhores textos publicados por ele na imprensa nos últimos cinco anos

O escritor e professor Marco Rafael Leite Ribeiro

O escritor e professor de história e sociologia, com pós-graduação em sociedade e cultura e em ensino de geografia, Marco Rafael Leite Ribeiro, titular da cadeira nº 1 da Academia Saltense de Letras, patrono Ettore Liberalesso, prepara o livro de crônicas “Um Dedinho de Prosa” (título provisório) para lançar ainda neste ano.

Esta será a primeira publicação solo que ele fará nesse formato, embora já produza trabalhos para livros com outros autores e para revistas e jornais há mais de cinco anos. O escritor também usa as plataformas digitais da Academia Saltense de Letras e do Museu da Música de Itu para divulgar os seus textos, principalmente crônicas.

Aos 30 anos, completados na quinta-feira (12), Marco afirma que desde criança tem uma grande paixão pela escrita, antes utilizada para relatar curiosidades das mais diversas áreas que ele viveu ou soube e agora para a produção de artigos, e ele reforça que sempre gostou de transformar situações do cotidiano em crônicas.

Marco Rafael Leite Ribeiro também tem mais dois projetos na área da literatura: o primeiro é lançar outro livro, este abordando estudos científicos, e o segundo é ampliar o projeto de divulgação de seus textos para a via digital, com o fim de aproveitar um tipo de leitor que está cada vez mais presente, sobretudo entre os jovens.

O escritor se define como um cronista que se aventura a escrever ensaios na área da história para publicações e que não tem medo e, por vezes, se arrisca a expor suas ideias ao público, seja em jornal impresso ou pelas redes sociais, mas sempre no intuito de levar informação e consciência crítica para os leitores.

A preocupação com a comunidade já estava nos seus planos desde criança, em Itu, onde nasceu e viveu até os 13 anos. Tanto que o sonho dele era se tornar padre, mas a vida o levou para outros caminhos. Acabou se casando e hoje é pai de gêmeos. “Deus tinha outro propósito para a minha vida e sou feliz com isso”.

Depois de Itu, Marco Rafael Leite Ribeiro se mudou para o Jardim Saltense, em Salto, onde cresceu e se desenvolveu. Após a eleição, se transferiu para Cabreúva, onde atua como secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura, e ainda é professor de história e geografia e faz a coluna semanal “Um dedinho de prosa” no jornal Primeira Feira.

Entre os registros que fez de suas vivências, o escritor relata as condições do dia em que nasceu. “Vim ao mundo às 2h10 da madrugada de 12 de janeiro de 1993. Era um dia em que chovia muito. Minha mãe, uma menina de apenas 15 anos, teve as dores do parto por dois dias. Mas nasci um bebê fofinho e cheio de dobrinhas”.

Curiosamente, a avó Irene, hoje falecida, ligava para ele em todos os aniversários sempre no horário em que ele nasceu. Ela sempre esteve presente na sua vida. A outra avó Dilva também. O nome que ganhou foi escolha do pai, Marco Ribeiro, só que ele Marco Antônio Ribeiro. “Eu era um bebê que só chorava se fosse incomodado”.