Em seu próximo livro, o escritor vai abordar o romance entre um casal de jovens de Salto que sobreviveu à doença

O escritor, poeta e jornalista Eloy Oliveira prepara um novo romance que deve ser lançado ainda neste semestre. Titular da Cadeira 31 da Academia Saltense de Letras, patrono João Cabral de Melo Neto, ele diz que a história fala de um casal de jovens de Salto reunido por causa da pandemia da Covid-19 e que sobreviveu a ela.
“Quando estive confinado por causa da doença não parei de escrever. Foi uma produção intensa, porque tinha tempo de sobra. Escrevi poesias, crônicas, contos e até essa história”, diz ele. O romance foi produzido para participar de um concurso em Portugal, mas foi encostado depois de não vencer a competição.
O autor conta que a organização queria um texto que fosse além do que se vivia à época da pandemia. “Não tínhamos ainda as vacinas e sequer sabíamos no que aquilo tudo ia dar. A ideia era produzir um destino para a humanidade. Gostei da iniciativa. Imaginei uma vacina, claro, que salvava todo mundo depois de muita luta”.
Mas o resultado não agradou aos jurados. “Talvez eles quisessem algo mais improvável. O meu romance acabava com a vacina”. Eloy Oliveira conta que esqueceu a história até uma editora o convidar a lançar um romance. “Eu não tinha nada que se encaixava. Lembrei do texto. Criei outro início e outro final. Aí a história se consolidou”.
O livro está em revisão final. Além do fato de ser uma história ungida da pandemia, o autor, que faz aniversário na quarta-feira (22), diz que a produção tem outro detalhe: o livro se chamaria “Valentina”, mas durante a preparação nasceu a sua primeira neta e ele resolveu homenageá-la. Por isso, o livro se chamará “Catarina”.
Eloy Oliveira já lançou 18 livros como autor individual e em parceria com outros autores. Seu último livro é uma parceria com 27 integrantes da Academia Saltense de Letras e se chama “Natureza, eu, tu e ela”. O último livro individual é “A menina do casarão branco”. Ambos foram lançados em 2022.
A carreira de escritor começou aos 17 anos, quando venceu um concurso de redação com o conto “Num Jardim Domingo à Tarde”, responsável por levá-lo ao jornal mais antigo de Salto na época: o “Trabalhador” e a fazê-lo mudar de profissão, deixando a eletricidade, eletrônica e eletrotécnica para ser jornalista.

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