Benedita de Rezende: Professora, poetisa, pianista, regente e poliglota, dentre outras qualidades.

A professora Benedita de Rezende nasceu em Taubaté, no Estado de São Paulo, em 9 de maio de 1889, filha de José Benedito de Rezende e de Florinda de Rezende.

Fez os estudos primários em sua terra natal, terminando-os, passou a estudar línguas. Falava e escrevia corretamente o Inglês e o Francês. Aprendeu a tocar piano com seu pai. Bem mais tarde, resolveu frequentar o curso de Escola Normal Secundária em São Paulo (1913-1916).

Logo no ano seguinte à sua formatura, iniciou o magistério em uma Escola Isolada na cidade de Limeira.

Foi adjunta em diversas localidades do interior. Lecionou em Limeira, Itatiba, Pindamonhangaba, São Carlos, Atibaia, Mogi das Cruzes, dentre outras.

Foi regente de orfeão durante cerca de 16 anos.

A partir de 1930, por 10 anos lecionou no Grupo Escolar “Tancredo do Amaral”, em Salto, afeiçoando-se a ela e ao seu povo.

Após aposentar-se em 1948, no Grupo Escolar “Romão Fuigari”, em São Paulo, tentou acostumar-se em outras plagas, mas escolheu a cidade de Salto, em caráter definitivo, para passar a sua velhice.

Aqui passou os calmos anos de sua velhice a escrever poesias e hinos para a infância escolar, sempre incutindo no espírito infantil o amor pelo Brasil.

Foi sempre uma educadora dedicada. Suas poesias e textos literários são impregnados de amor à pátria e a Deus. Religiosa convicta e grande devota do Sagrado Coração de Jesus e de Maria Santíssima, dedicou páginas belíssimas aos temas religiosos.

 

De nobre personalidade e extraordinário dom para a música, era do gênio expansivo e alegre.

Antes de morrer, escolheu uma colega que amava como a uma filha para deixar suas obras (dezenas de poesias e obras literárias, além de inúmeras obras musicais). Trata-se da professora Maria de Lordes de Oliveira Nogueira, que guardou com muito carinho essa herança artística durante sua existência.

Entre suas obras podemos encontrar inúmeros poemas escritos em inglês e francês, 

vários deles publicados na imprensa saltense.

Sem dúvida alguma, Dona Benedita de Rezende foi um ser humano digno, que sempre mereceu a admiração dos saltenses. Faleceu em Salto, aos 5 de outubro de 1964.

 

Escrito por Ettore Liberalesso

Material pesquisado por Damien Pacheco e Marco Ribeiro