Titular da Cadeira nº 1 da Academia Saltense de Letras, ele está envolvido com a sua dissertação de mestrado e não tem encontrado tempo para escrever literatura 

 

O escritor e secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Boituva Marco Ribeiro

“No momento, estou focado na escrita da minha dissertação de mestrado em Educação Patrimonial e não tenho conseguido tempo para escrever literatura como sempre gostei”, disse o escritor, secretário de Cultura e Turismo de Cabreúva e professor de história e sociologia, com pós-graduação em sociedade e cultura e em ensino de geografia Marco Rafael Leite Ribeiro, titular da Cadeira nº 1 da Academia Saltense de Letras, patrono Ettore Liberalesso, ao ser perguntado sobre os novos trabalhos que desenvolve.

Mesmo assim, ele disse que a sua meta é voltar a escrever literariamente o quando antes, inclusive retomando um projeto iniciado no ano passado de escrever um livro de crônicas intitulado provisoriamente de “Um Dedinho de Prosa”, que é o mesmo título da sua coluna no jornal Primeira Feira, de Salto, onde escreve com regularidade uma crônica abordando temas históricos de Salto e das cidades da região, um trabalho que já faz há anos.

Para não se desprender do caminho da literatura em função das outras atividades, Marco tem se empenhado em ler muito nos poucos momentos vagos que consegue. Sua leitura neste momento está sendo o livro “Por Quem as Panelas Batem”, de Antônio Prata, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria crônicas do ano passado. “São crônicas políticas com as quais ele analisa os principais acontecimentos do país desde o ano de 2013 até 2021”.

Prioridade agora é terminar a pós, mas a literatura continua com a sua importância

O que o escritor considera mais relevante dessa leitura é que o autor transmite seu olhar de uma maneira séria e ao mesmo tempo irônica em alguns textos. “Recomendo a leitura para quem quer analisar um ponto de vista do pré e pós golpe de 2016. Precisamos desse tipo de leitura para ampliar os horizontes. A literatura nacional vive um momento de diversidade de títulos e temas, com assuntos expressando questões de cunho social, seja através de romances ou não, atraindo leitores de várias faixas etárias”.

Apesar de estar afastado da escrita literária, a não ser pelas crônicas do jornal Primeira Feira, o escritor, que fez 31 anos na sexta-feira, 12 de janeiro, disse que tem uma grande paixão pela escrita desde criança. Ele lembra que sua produção utilizava as curiosidades das mais diversas áreas que ele viveu ou soube que alguém tivesse vivido e afirmou que sempre procurou transformar situações do cotidiano, até as mais simples, em crônicas.

Para ele, a sua escrita é de um cronista que se aventura a escrever ensaios na área da história para publicações e que não tem medo e, por vezes, se arrisca a expor suas ideias ao público, seja em jornal impresso ou pelas redes sociais, mas sempre no intuito de levar informação e consciência crítica para os leitores e ele se diz satisfeito com os resultados que tem obtido nessa jornada, embora nem sempre consiga unanimidade sobre suas posições.

Escritor se define como um cronista que se aventura a escrever ensaios e que não tem medo

Marco Rafael Leite Ribeiro nasceu em Itu, onde viveu até os 13 anos. “Vim ao mundo às 2h10 da madrugada de 12 de janeiro de 1993. Era um dia em que chovia muito. Minha mãe, uma menina de apenas 15 anos, teve as dores do parto por dois dias. Mas nasci um bebê fofinho e cheio de dobrinhas”, contou. Sua avó Irene, hoje falecida, ligava para ele em todos os aniversários sempre no horário em que ele nasceu. Ela sempre esteve presente. A outra avó Dilva também.

Quem escolheu o seu nome foi o pai, que já era Marco Ribeiro, só que ele era Marco Antônio Ribeiro. O sonho de criança do escritor era ser padre. Depois de Itu, ele se mudou para o Jardim Saltense, em Salto, onde cresceu e se desenvolveu. Em 2018, se transferiu para Cabreúva, onde atua como secretário desde a eleição e professor de história e geografia e escreve a coluna no jornal. Com os novos caminhos, como lhe disse um frade amigo, descobriu que o seu dom não era o destino eclesiástico, mas sim constituir família e assim se casou e ainda foi agraciado com gêmeos.

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