Kátia Auvray no seu primeiro ano de vida

Quem ouve a escritora Kátia Auvray, aniversariante desta segunda-feira (10), dizer que o seu sonho não realizado era ter sido piloto de avião, pode até se assustar com algo tão ousado, mas quem a conhece não se espanta, pois a ousadia é marca que sempre esteve presente em sua vida.

Só para se ter uma ideia, com a ajuda de vizinhos em Belo Horizonte (MG), onde nasceu, com apenas 18 meses de vida, a escritora já fugia de casa e andava por todos os lados da vizinhança só para conversar. “Eu era muito sociável na infância”, conta. E para quem duvida, ela tem fotos para provar.

“Já tinha todos os dentinhos aos seis meses”, relembra.

A titular da cadeira 16, patronesse Cecília Meireles, da Academia Saltense de Letras, teve uma infância alimentada pela literatura, ouvindo histórias maravilhosas, como ela classifica, contadas pelo pai e, depois que aprendeu a ler, nunca mais parou com sua fome por conhecimento.

Não foram só as histórias contadas pelo pai e a sua curiosidade por conhecer coisas novas que moldaram a infância da escritora. Ela era observadora e se encantava com o que outras achavam normal, como a vaquinha, um caminhãozinho que vendia leite de porta em porta.

“Minha avó materna levava uma vasilha de vidro e o vendedor colocava o leite ali. O caminhãozinho passava na rua onde ela morava em BH e eu ia junto”, revela, se recordando com saudade daquele tempo e do quanto aquela cena a impactava quando criança.

Essa infância independente, Kátia Auvray viveu em Belo Horizonte, mas morou também e cresceu entre o Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo. Na adolescência, viveu ainda em Salvador, na Bahia. Estudou em várias escolas divididas entre públicas, particulares, religiosas e não religiosas. 

Ao cabo dessa trajetória, tornou-se professora de história, depois pesquisadora na área. Além disso, é pianista e, nos últimos 15 anos, tem se dedicado aos estudos holísticos. A escritora atua hoje por meio de terapias complementares e não invasivas, como o reiki e os florais.

Embora não tenha nenhum projeto literário no momento, assegura que, para produzir, é movida pela indignação. Então, a qualquer momento pode haver a erupção do seu vulcão criativo. Afinal, o que a realiza é a produtividade e o estudo, que renovam sempre o seu pensamento.

Autora de “Cidade dos esquecidos”, que retrata o antigo leprosário do Pirapitingui, em Itu; a escritora tem várias outras obras, como a coleção “Magia da história”, com cinco livros infanto-juvenis sobre a história de Salto; e “Um lugar chamado Brasil”, sobre o bairro de mesmo nome em Itu.

Também escreveu “Vila Santa Terezinha, que retrata o bairro com esse nome em Itu, “Reflexões”, com notas sobre grandes temas; e tem participação nas coletâneas “Roda Mundo, em Sorocaba, e várias da ASLe, além de centenas de artigos e ensaios para a revista Campo & Cidade e para o antigo site Itu.com. 

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1 ano atrás

Sou jornalista e estou precisando muito de um contato da Kátia. Alguém pode me ajudar, por favor? laigous@gmail.com