A escritora Cynara Lenzi Veronezi

Aniversariante desta segunda-feira (17), ela conta que antes de se tornar escritora quase virou arquiteta de profissão

Ela poderia ter sido arquiteta ou mesmo desenhista, porque sempre gostou de projetar ideias por meio dos desenhos. “O desenho está presente na minha vida desde pequena”, diz Cynara Lenzi Veronezi. Mas foi o prazer que descobriu ao contar histórias para crianças que a fez se tornar escritora. A titular da cadeira 18 da Academia Saltense de Letras, patrono Dante Alighieri, aniversariante desta segunda-feira (17), já publicou cinco livros voltados para esse público e os novos projetos não param.

“A minha realização é estar entre os pequenos contando minhas historinhas e vendo em seus olhinhos as suas imaginações embarcarem comigo na mesma viagem. É uma sintonia forte demais, que me emociona”. E ela exercita essa prática todos os dias, desde que se aposentou da profissão de professora, depois de 32 anos de trabalho na rede pública de Salto. “Mergulho todos os dias em projetos e ideias novas, além de encontros e criações, ora escritas, ora gravadas em vídeos, dando vida a personagens”.

A rotina da escritora se divide ainda com a produção de material para a coluna quinzenal que mantém no jornal Taperá para contar histórias infantis também. A coluna “Historinhas” deu origem ao primeiro livro com o mesmo nome. Depois vieram “Historinhas pra contar”, Minha fiel escudeira e eu”, “A pandemia no reino encantado” e “E foi assim que aconteceu… Salto”. Agora está em preparo mais um livro infantil, uma coletânea. “Escrevo sempre essas histórias, pois sei o poder que as histórias têm na vida de cada criança”.

A escritora desenvolve ainda projetos especiais de incentivo à leitura, como prêmios anuais que visam motivar os pequenos a lerem mais. Em breve será realizada a sexta edição do prêmio. Além disso, ela visita escolas frequentemente e interage com os pequenos leitores, colhendo impressões e transmitindo conhecimentos. “A professora continua em mim. Essa relação é muito prazerosa”. No lançamento do último livro, ela levou um ator fantasiado de índio e outros de bandeirantes para a cerimônia. “É o lúdico que me move”.

Atores caracterizados no lançamento do último livro

A trajetória da escritora foi marcada desde criança por uma família voltada às letras. Além do pai, um dos jornalistas mais conhecidos da cidade, que fundou e comanda o “Taperá”, Valter Lenzi, sua mãe, Zuleima, cartorária eleitoral por anos, fazia questão de que a pequena Cynara se interessasse por leitura. “Cresci entre as Ruas Floriano Peixoto e Campos Salles, na Vila Nova. Fiz o fundamental no Paula Santos e no ensino médio cursei magistério no Leonor. Depois fiz pedagogia no ensino superior e me tornei professora”.

A paixão pela literatura infantil a fez participar de vários cursos de qualificação na área também. Mas a escritora se preocupa ainda com os jovens. Por isto, prepara, em paralelo com os livros infantis, um livro sobre depressão, para ajudar principalmente os mais jovens que passam por esse problema. “Ao longo da minha carreira como professora vivenciei muitas histórias de dificuldades nessa área. Quero ajudar pais e mães e esses jovens a enfrentarem da melhor maneira essa situação. É um projeto que quero fazer”.

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