QUARENTOU NO REINO DE LUANA ANDRADE
LUANA 4.0

Criança não és mais,
já não deixa a cama desfeita,
e há muito deixastes a trança,
tampouco és mulher feita,
no sentido pleno de ser,
o que és então?
queres saber?

Em 1996 fiz essa pergunta, e passados vinte e cinco anos busco a definição em 2016 pensei ter a resposta ao escrever

Tantos maios se passaram
Chuvas, tempestades, invernos,
Contudo, o frescor da vida,
Que sopra esse vento de energia,
te move, renova e sustenta.

A verdade é que precisaria de mais quarenta nos para entrar no âmago, no cerne, no imo de Luana Andrade, porém é pouco provável acrescentar esse tempo aos que já possuo, entretanto, ela mesma vem se revelando nas postagens da verdadeira novela de sua vida, não é das oito, e nem daquele canal, podemos conhecer Luana por Luana em seu sítio literário “Inspirações Paralelas”, que para comemorar seus 4.0 está escrevendo as Inspirações Aleatórias em 30 capítulos.
Perceba, como pai, agora que estou conhecendo meandros de sua vivência, e olha que temos excelente relacionamento e comunicação.
Em outro fragmento de sua poesia, eu pedi

voe horizonte afora
grite nas matas, montanhas
fale às flores, vá decifrando enigmas

Lendo seus textos, e acompanhando sua trajetória, o tempo de maturação lhe fez bem, feito a larva que deixa seu casulo no momento justo e certo para transforma-se numa linda borboleta, que abre as asas e embeleza o mundo no seu voo, assim Luana libertou-se de Luana, e hoje voa horizonte afora, grita no mundo, impõe suas vontades, trejeitos, maluquices, ela é senhora de si, não fala às flores, posto que é uma flor, como já a chamei de flor de liz.
Agora ela anda decifrando enigmas por aí.

A poesia cutucou-me, como a lembrar-me: estou aqui, e então ela se fez
RAINHA LUANA
Andrade Jorge

Pode o mundo cair
Pode o bicho da trama
Tentar me iludir
Ninguém me conquista só na cama

Sou gata, tigresa, fêmea feroz,
Não despertem meu lado
Darth Vader, posso ser algoz,
Se harmonizar posso ser o fado.

Não mexam comigo, nem desejem o mal
Posso ser princesa, ou ela fulana
Se fores um “gentleman” madrigal,
sucumbirás ao encantamento 4.0 da Rainha Luana.

O tempo passa depressa, vamos, imaginariamente, deitar nas nuvens, e se espreguiçar, porque amanhã, talvez, não sejam imaginários para mim.

Não canso de dizer, obrigado por você existir, poderia ser outro, mas eu sou seu pai.
Andrade Jorge
Paifã

08/05/2021

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