Escritor, biólogo, professor, são várias as atividades do titular da Cadeira 23 da ASLe, mas a que ele mais tem desenvoltura mesmo é a de ambientalista

O escritor, biólogo, professor e ambientalista Francisco
Moschini olhando o Tietê do Memorial do Rio

O escritor, biólogo, professor e ambientalista Francisco Antônio Moschini, titular da Cadeira 23 da Academia Saltense de Letras, patrono Euclides da Cunha, afirma que o seu sonho é um dia poder escrever uma história real, dando conta de que o Rio Tietê foi totalmente despoluído e voltou a ser utilizado pela população.

Nascido em Salto no longínquo ano de 1938, Chico Moschini, como é mais conhecido, fez dos seus 85 anos, completados na sexta-feira, 9 de junho, uma vida inteira dedicada a lutar por esse objetivo e é por isso que ele faz questão de estar presente em 100% das reuniões que discutem o rio e nunca deixa de levantar essa bandeira.

“Infelizmente, a ideia de escrever um livro com essa temática está distante de mim. Eu já estou no último quarto de século e os governos não fazem o que deveriam. A população também não luta como era preciso. Mas nem por isso ou até por conta disso, eu não desisto de trabalhar para que o Tietê volte a ser um rio limpo”, diz.

Sócio fundador e ex-presidente por diversos mandatos do Instituto de Estudos Vale do Tietê, o Inevat, que defende o Tietê e o meio ambiente como um todo, Moschini também é membro titular dos Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê desde 1988 e Piracicaba, Capivari e Jundiaí desde 2001.

Em Salto, o escritor é ainda membro titular do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e quase toda a sua obra literária é voltada ao setor: em 1996, lançou “Educação ambiental: estudo da microbacia do Ribeirão dos Marins (Piracicaba)” e em 2014, foi “O Médio Tietê: história, eletricidade, hidrovia, etanolduto”.

Ainda em 2017, Chico Moschini lançou “A água nas escrituras bíblicas (coleção de versículos)” e em 2019 foi a vez da única obra que não tratou do meio ambiente: “Ginásio Estadual Professor Paula Santos, memória”, que contou a história da escola, afora diversos artigos publicados nos jornais Taperá e PrimeiraFeira.

Chico Moschini conta que a paixão pelo meio ambiente vem desde criança. “Uma das coisas mais lindas que existem é ver uma nascente, que vai crescendo, crescendo e desemboca no Tietê”, diz com os olhos cheios d’água. Ele lembra que ainda criança era comum ver pessoas pescando no Tietê para levar o que comer para casa. “Infelizmente, isto não existe mais por aqui”.

Chico Moschini, como é conhecido, em uma ação de defesa do meio ambiente

A paixão se consolidou quando foi professor de Fundamental e Médio, profissão que exerceu por 30 anos nas cidades paulistas de Elias Fausto, Mairinque, Alumínio, São Roque e Piracicaba. Nesta última também exerceu as funções de Assistente Pedagógico de Ciências Físicas e Biológicas, vice-diretor e Diretor substituto.

Francisco Antônio Moschini é filho de Zelino e Maria Speroni Moschini, estudou o então primário na Escola Paroquial Sagrada Família, hoje Externato. Depois fez história na Escola Complementar Anita Garibaldi, vinculada à época à colônia italiana. O ginasial e magistério fez no Instituto de Educação Regente Feijó, em Itu.

Licenciou-se em Ciências pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu; em Ciências Biológicas pela Universidade de Mogi das Cruzes; e, por fim, em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Sorocaba. Sem contar diversos cursos de extensão e especialização universitária.

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