Ai, seu moço, eu só quiria

pra minha filicidade,

um bão fandango por dia,

e um pala de qualidade.

Pórva, espingarda e cutia,

um facão fala-verdade

e ua viola de harmunia

pra chorá minha sódade.

Um rancho na bêra d’água,

vara de anzó, pôca mágoa,

pinga boa e bão café…

Fumo forte de sobejo…

Pra compretá meu desejo,

Cavalo bão – e muié!

***

Presente na obra Musa Caipira, de Cornélio Pires.

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