Apresento hoje um lindo e profundo poema que me acompanha desde a tenra juventude.
Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada…
Sobre as névoas te libras vaporoso…
Baixas do céu num vôo harmonioso!…
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso!…
Onde nos vimos nós?… Es doutra esfera?
És o ser que eu busquei do sul ao norte…
Por quem meu peito em sonhos desespera?…
Quem és tu? Quem és tu?—Es minha sorte!
És talvez o ideal que est’alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!…
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